🌸capitulo 7🌸

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O sinal da escola tocou, e Verônica e Tereza se juntaram à multidão de estudantes saindo pelos portões. O sol estava baixo no horizonte, lançando uma luz dourada sobre o estacionamento. Renato, estava esperando no carro. Ele acenou para as duas amigas quando elas se aproximaram. Tereza notou que Verônica estava quieta, os olhos cansados e as mãos enfiadas nos bolsos do casaco.

— Oi, Sr. Renato – Tereza cumprimentou, tentando disfarçar sua preocupação.

— Olá, Tereza – ele respondeu com um sorriso.  

Elas assentiram, entrando no carro. Verônica sentou-se no banco de trás, e Tereza ao seu lado. O silêncio dentro do carro era pesado, e Tereza não conseguia evitar olhar para as mãos de Verônica.

Foi quando ela percebeu. As unhas de Verônica estavam roidas até a carne. Tereza engoliu em seco, preocupada com o que poderia ter levado sua amiga a fazer isso.

— Verônica – Tereza começou, sua voz suave, — Você está bem?

Verônica olhou para ela, os olhos vermelhos. — Eu... eu só não consigo parar de pensar naquilo, Tereza. Na traição.

Tereza apertou a mão de Verônica. — Nós vamos superar isso juntas, ok? E vamos encontrar uma maneira de lidar com Samuel.

Renato olhou pelo espelho retrovisor, preocupado. — Verônica, Não é saudável guardar tudo para si mesma.

Verônica assentiu, e Tereza sentiu um aperto no peito. Elas estavam juntas nessa, e Tereza estava determinada a ajudar sua amiga a encontrar uma saída desse pesadelo.

Enquanto o carro se afastava da escola, Tereza olhou para Verônica, pensando em como poderia apoiá-la.

Tereza olhou para Verônica, seus olhos determinados. — Verônica, eu já planejei algo contra Lucas. E hoje vou me vingar dele. Só não sei como, vou precisar de alguma coisa, sei lá, algum vídeo para usar contra a ele.

Verônica franziu a testa. — Você tem certeza? não quer deixar isso pra lá?

Tereza balançou a cabeça, os lábios apertados. — Ele não pode sair impune, Verônica. Eu não vou deixar que ele se safar dessa.

O carro parou em frente à casa de Tereza, e ela olhou para Verônica com um brilho nos olhos. — Eu vou mostrar a Lucas que não se brinca com as pessoas impunemente.

Ela saíu do carro, e se despediu de Verônica. Verônica se perguntava o que Tereza tinha em mente. Cristian estava sentado no sofá da sala, os nervos à flor da pele. A madeira rangia sob seu peso, ecoando a tensão no ar. Irene, permanecia de pé, os olhos fixos nele com uma intensidade quase demoníaca.

Você voltou – disse ela, a voz gelada como o mármore. — Depois de todos esses anos.

Cristian deu um sorriso de canto. — Sim, Irene. Eu voltei.

Os olhos de Irene percorreram cada detalhe dele, como se buscasse vestígios do passado. — E por quê? O que você quer aqui?

Ele respirou fundo, sentindo a raiva e a mágoa se misturarem. — Eu quero que você saiba o quanto me machucou, Irene. O quanto me senti abandonado.

Irene riu, um som cortante. — Abandonado? Você escolheu seu caminho, Cristian. Não foi culpa minha.

— Você e o pai me deixaram quando eu mais precisava! – Cristian se levantou, os punhos cerrados. — Porque eu me assumi gay!

Irene não recuou. — Você acha que foi fácil para nós? Você acha que não sofremos também?

— Você não sabe o que é sofrer! – Cristian apontou para ela. — Você está com Delleon apenas pelo dinheiro dele!

𝓛𝓞𝓥𝓔 𝓜𝓔 : Um Quarteto ProblemáticoOnde histórias criam vida. Descubra agora