Minha

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Meu corpo estremeceu ao ouvir a voz rouca da morena entrando como melodia em meus ouvidos

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Meu corpo estremeceu ao ouvir a voz rouca da morena entrando como melodia em meus ouvidos. Uma sensação ruim me fez arrepiar da cabeça aos pés, eu sabia que algo estava prestes a acontecer. Seu olhar era frio e havia desprezo neles. 

Virei-me para olhá-la. Ela estava tão linda quanto sempre foi. Os cabelos presos em um rabo de cavalo elegante, os lábios carnudos cobertos por um batom rubro, o pescoço tão convidativo. 

Eu não havia mudado sequer um centímetro do meu sentimento por ela. 

Meu coração errava as batidas e percebi que eu apenas a estava admirando, sem dizer uma palavra sequer. 

Nossos olhos se encontraram e tudo que vi foi decepção. Mais uma vez, seus olhos pareciam estar cobertos por uma sombra escura cheia de frustração.

- Não sei qual a sua intenção em fazer o primeiro-ministro esperar por você enquanto transa com a esposa dele. - 

- Lena, eu não estava...

- Cala a boca, Kara. - Sua voz de desprezo me quebrou a alma.

_ Eu nem sei como vou resolver toda as suas burradas. Você queria tanto isso e ao chegar aqui se perde para transar com a mulher do meu amigo só para matar a porra do seu tesão adolescente. - Lena cuspia as palavras com fúria.

- Lena, você está me ofendendo. Eu não fiz nada. - Senti minhas bochechas esquentarem com lágrimas insistindo em cair.

- Enxuga suas lágrimas de fingimento. Não tem nada mais desprezível do que alguém fingir sentimento quando é pego fazendo algo errado.

- Você está me ofendendo. – Lágrimas desceram pelo meu rosto, senti minha voz embargar.

- Você não se preocupou em pelo menos me respeitar? Ou respeitar o dono dessa casa? Ou respeitar o político que dita as leis do País que você vive?


Senti os dedos de minhas mãos doerem ao voltar do estalar de dedos na face da morena.


Com os olhos baixos, ela deu dois passos em minha direção e ergueu o olhar para mim. Tão próximo que pude sentir seu hálito fresco, olhei profundamente em seus olhos verdes e suas pupilas estavam dilatadas, meus olhos estava coberto de lágrimas e eu estava tomada por uma sensação de arrependimento.


- Nunca mais, nunca mais ouse me tocar novamente, Kara Danvers.


A Morena foi andando em direção a porta e eu entrei na cabine. Precisava me recompor o mais rápido possível e voltar para a entrevista, que estava prestes a começar. Eu estava colocando tudo por um fio novamente. E dessa vez não haveria ninguém que eu pudesse culpar além de mim mesma. 

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