Num quarto de hospital, um homem jazia em coma há alguns meses. O ambiente era estéril, com paredes brancas e iluminação fria, e o som do monitor cardíaco era o único ruído constante.
Um enfermeiro, um jovem de aparência gentil, com cabelos curtos e negros, conferia os medicamentos na bolsa de soro e fazia anotações em sua prancheta. Nos pés da cama, uma ficha exibia os detalhes do paciente, incluindo seu nome: "Dione Rocha".
O enfermeiro percebeu que Dione, de boa aparência e atlético, começava a mexer um dos dedos dos pés e depois os da mão. Ele se espantou ao ver Dione mover os olhos cerrados e abri-los de rompante, revelando íris azuis límpidas que expressavam confusão e medo.
— Onde estou?! — questionou com sua voz rouca e enfraquecida pelo tempo de inatividade. Seus olhos percorriam o quarto com desespero crescente.
— Dr. Almeida! O paciente acordou! — o enfermeiro gritou, com a voz cheia de urgência e esperança.
Cristina, uma mulher de cerca de 25 anos, com cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e olhos azuis intensos, estava sentada na sala de espera. Ela estava visivelmente preocupada, com olheiras profundas que evidenciavam noites mal dormidas.
Ao seu lado, Marina, uma garotinha de 6 anos, segurava firme uma boneca de pano. Marina tinha cabelos castanhos escuros, olhos grandes e curiosos, e vestia um vestido floral.
Quando o médico, um homem alto e magro com cabelos grisalhos e olhos castanhos, saiu do quarto, Cristina levantou-se rapidamente, quase derrubando a bolsa que estava ao seu lado.
— E então, Doutor, posso ver meu irmão Dione? — perguntou ela, com a voz trêmula de ansiedade.
O Dr. Almeida olhou para ela com um misto de surpresa e alívio.
— Sim, claro, podem entrar! — respondeu ele, com um sorriso encorajador.
Cristina entrou no quarto apressada, seguida por Marina. Ao ver o irmão acordado, ela correu e o abraçou, sentindo o calor do corpo dele contra o seu. Dione, ainda confuso, retribuiu o abraço com hesitação.
— Que bom que acordou, meu irmão, Achei que iria perder você! — disse Cristina, afastando-se um pouco para olhar o rosto dele. Seus olhos brilhavam com lágrimas de alívio.
Dione olhava assustado, tentando processar tudo ao seu redor. Cristina pegou Marina pela mão e a colocou próxima ao pai.
— Eu trouxe Marina... — disse ela, encorajando a menina a se aproximar.
Marina, com um sorriso tímido, abraçou o pai.
— Oi, pai, estava com muita saudade! — comentou ela, entregando-lhe um desenho que havia feito.
Dione, ainda atordoado, abriu a folha e olhou o desenho, que mostrava ele, Marina e sua esposa Helena, de mãos dadas em um campo.
— Ele é muito bonito! — elogiou, tentando sorrir.
Cristina respirou fundo, tentando manter a calma.
— Graças a Deus você voltou do coma, irmão. Marina estava muito triste e abalada sem você e sem Helena.
— Helena?! — O nome pareceu mexer em suas memórias, que franziu o cenho em confusão.
— Helena está desaparecida desde o seu acidente — explicou Cristina, com a voz embargada.
— O que houve comigo? — questionou, com dúvidas no olhar.
— Você caiu do quinto andar de um prédio. Está vivo por milagre. — respondeu Cristina, tentando não chorar.
Dione fez uma careta de dor e tentou se lembrar, mas parecia estar com amnésia.
— E quem são vocês?! — questionou, confuso e desesperado.
Cristina levou a mão à boca, chocada. A fríesa com que Dione as tratava, a espantava. Ela se virou para o médico que observava o encontro, em busca de explicações.
— Não se preocupe, isso é normal nesses casos. Ele dormiu por sete meses, vai recuperar a memória aos poucos. — explicou o Dr. Almeida, tentando acalmar os ânimos.
Cristina esperava que sim. Ela e Marina foram embora, muito abaladas com o estado de Dione. A esperança e a dor se misturavam nos corações daquela família, que aguardava ansiosamente pelo dia em que Dione recuperaria suas lembranças e, talvez, se lembrasse do dia do sumiço de Helena.
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Forasteiro Abastado - Recompensa Maldita.
Action🥇1º No Concurso: Big Bang Como um forasteiro, Dione chega inesperadamente à movimentada metrópole de Nova Filadélfia, localizada ao norte do país. Carregava um objetivo singular e precioso, buscar resgatar um prêmio obtido de maneira inusitada, c...