O bar do Hazbin Hotel estava, como de costume, um reduto de demônios e almas perdidas procurando esquecer seus problemas em um copo de bebida forte. Husk continuava sua rotina atrás do balcão, servindo drinks e lidando com os clientes, mas sua mente estava em outra parte. Desde a noite anterior, quando Angel Dust havia mostrado uma rara vulnerabilidade, Husk se pegava pensando mais do que de costume.
Angel estava sentado no canto do bar, seus olhos perdidos em pensamentos. Ele fingia estar entretido com uma conversa com os outros demônios, mas Husk podia ver a sombra de algo mais profundo, algo que Angel escondia com sua usual bravata.
Depois de algum tempo, quando a multidão começou a diminuir, Husk aproveitou a oportunidade para se aproximar de Angel. Ele colocou uma bebida na frente dele, sem dizer uma palavra. Angel olhou para o copo e depois para Husk, seus olhos brilhando com uma gratidão silenciosa.
"Obrigada, Husky," ele disse suavemente, pegando o copo e tomando um gole. "Você parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo, sabia?"
Husk deu um leve sorriso. "Faz parte do trabalho. Mas hoje, parece que você está precisando mais do que os outros."
Angel suspirou, colocando o copo de volta no balcão. "É difícil, sabe? Fingir que está tudo bem o tempo todo. Às vezes, eu só... eu só quero parar."
Husk se inclinou, seus olhos fixos nos de Angel. "Você não precisa fingir comigo, Angel. Eu sei que você tem passado por muita coisa."
Angel olhou para baixo, seus dedos brincando com a borda do copo. "Eu nunca te contei sobre minha vida antes de tudo isso, não é?"
Husk balançou a cabeça. "Não, mas estou aqui para ouvir, se você quiser falar."
Angel respirou fundo, como se estivesse tentando reunir coragem. "Antes de tudo isso, antes de me tornar Angel Dust, eu era alguém chamado Anthony. Eu tinha uma família, sonhos... Mas as coisas deram errado. Eu fiz escolhas ruins e acabei aqui."
Husk ouvia atentamente, seu coração apertando ao ouvir a dor na voz de Angel. "Todos nós fizemos escolhas ruins, Angel. Mas o importante é o que fazemos a partir de agora."
Angel olhou para Husk, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas. "Você realmente acredita nisso, Husk? Que ainda há esperança para nós?"
Husk assentiu, colocando a mão sobre a de Angel. "Sim, acredito. Nós estamos aqui, tentando fazer a coisa certa, e isso já é um começo."
Angel sorriu tristemente, apertando a mão de Husk. "Você sempre sabe o que dizer para me fazer sentir melhor."
"Não é fácil, mas vale a pena," Husk respondeu, sentindo uma conexão profunda entre eles. "Vamos encontrar um jeito de fazer isso funcionar, juntos."
Angel assentiu, sentindo uma renovada determinação dentro de si. "Eu confio em você, Husk. E, por mais que isso me assuste, eu confio em nós."
Husk sorriu, puxando Angel para mais perto. "Então, vamos enfrentar o que vier, juntos."
E assim, sob as sombras do Inferno, Husk e Angel encontraram força um no outro, prontos para enfrentar os desafios e tentar encontrar uma redenção que ambos tanto desejavam.