#Cinco

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎 メ 𝐒𝐎𝐅𝐀́ 𝐄𝐍𝐒𝐎𝐏𝐀𝐃𝐎

— 𝐀𝐇... — 𝐇𝐀𝐑𝐕𝐄𝐘 𝐀𝐑𝐅𝐎𝐔, sem ar. Tudo o que conhecia e tinha como controle sendo tão rudemente sugado por entre os poros de sua pele suada.

Havia sido empurrado para contra o estofado do sofá; assim, de repente, o deixando desnorteado e boquiaberto. Sua visão levemente turva se tornando nítida lentamente apenas para ser tomada e governada pela mulher que tão deliberadamente engolia sua sensatez. Harvey tinha a visão perfeita agora, pois tudo o que se encontrava dentro do seu campo visual era Nana por cima de si, colocando confortavelmente suas coxas uma de cada lado de seu quadril como se ele a pertencesse, e não lhe era estranho esse tipo de contato após tanto tempo separados, ela parecia a vontade, passando os dedos em seu peitoral enquanto o desvendava com olhares intensos.

— Você cresceu tanto, Harvey. — ela observou, murmurando. Seus olhos nunca desviando do seu corpo. Analisando-o, estudando-o. Desejando tudo e cobrando nada para tê-lo.

Harvey, que naquele momento tinha sua capacidade de fala abolida, assentiu. Ainda hesitante.

— Mas ainda assim... — Nana prosseguiu. — consigo ver pelos seus olhos aquele garotinho apaixonado que vivia me seguindo por onde quer que eu fosse. — ela riu. Harvey corou. — Você era tão fofo. Vejo que ainda é.

O garoto virou o olhar, constrangido. Se se concentrasse o suficiente, seria capaz de escutar as batidas aceleradas de seu coração agitado e eufórico.

— Sinceramente... — a mulher disse. — Não era isso que eu planejava quando estacionei minha moto lá fora. — ela revelou, sua mão indo em direção ao rosto do rapaz, acariciando sua bochecha. — Eu voltei recentemente de uma viagem e só passei por aqui para dizer “olá” pra você e sua mãe. Mas Harvey... — ela direcionou sua mão para seu pescoço. — Tudo mudou quando você entrou por aquela porta e me olhou daquele jeito. Desse mesmo que você está olhando agora.

O garoto engoliu em seco. Gaguejando.

— Que... Jeito? — perguntou.

— Posso te foder?

Harvey engasgou com a mudança abrupta de assunto.

— O-o quê?

— Eu tenho um encontro com alguns colegas ao qual já estou atrasada, e ainda assim, não conseguirei ir sem te tocar como quero, Harvey, nem que seja minimamente. — explicou. — Se não quiser não tem problema. Eu saio de cima de você e irei embora. — o corpo do mais novo tensionou. — Mas por outro lado, se você disser sim, eu vou te foder agora com dois dos meus dedos... não, três. Vou te fazer gozar e aí sim, irei pra minha reunião. Vou demorar no máximo duas horas e você, até lá, esperará mim. Para que façamos tudo direito, o que me diz?

Harvey ofegou.

— Porra... — ele respirou alto, cobrindo o rosto com as mãos. Os calções parecendo mais apertados. Sua pele transpirando em nervosismo e euforia.

Tudo aquilo lhe parecia insanamente irreal. Rápido demais. Louco demais e ele se sentia processando lento, tentando absorver. Queria ter a oportunidade de implorar por uma pausa, dizer que necessita respirar, talvez beliscar sua pele buscando checar se tudo aquilo não passava de uma alucinação absurda e perfeita demais para ser real.

Mas se ignorasse tudo o que lhe dizia que aquilo era um absurdo...

— Sim.

... Seu corpo agitado falaria em prol do desejo queimante e aceitaria tal absurdo.

— Ah, isso é ótimo, meu amor. — Nana sorriu, aquele mesmo olhar que perdurou e o perfurou o jantar inteiro se intensificando. Ela saiu de cima dele. — Então... Abre as pernas.

「𝐐𝐔𝐄𝐁𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎」

Harvey transpirava e respirava pesadamente. O sofá ensopado. Uma mistura de saliva, esperma e suor o sujava. Tudo o que conseguia ouvir era sua própria respiração alta e o som do motor da moto arrancando e rugindo para longe.

Harvey então — embriagado por todas as substâncias circulantes em seus vasos sanguíneos, produzidas por seu próprio corpo resultado dos orgamos electrizantes que percorreram e tomaram cada uma de suas células —, riu. Ah, sim. Ele riu. Entorpecido, um tanto louco. Suas pernas ainda trémulas e um fiapo de saliva escorrendo de seus lábios judiados.

Internamente, chegava a conclusão de que finalmente, havia encontrado e sentido enfim as sensações pela qual sentia que precisava, porém nunca havia degustado. Foi como um encaixe, seus nervos sensoriais sendo tão docemente e brutalmente preenchidos por uma espécie de prazer nunca antes experimentado.

Levantando com o corpo dormente, Harvey se ergueu do sofá, indo com passos um tanto desequilibrados em direção ao quarto, uma ansiedade sem precedentes devorando-o de dentro para fora. A excitação do pensar sobre o que o aguardava enviava ondas vibrantes directamente ao pênis que lentamente retornava ao seu estado erecto.

Se fechasse os olhos, seria possível sentir os dedos longos e finos o abrindo e preenchendo, roçando e testando. O enviando directamente a uma dimensão onde seu corpo fora possuído prazerosamente por fantasias realizadas. Os dedos babados por sua própria saliva, no início lhe causaram uma dor queimante, aguda e desconfortável. De seguida, o roçar insistente em suas paredes despertou uma sensação semelhante a uma comichão, que com a invasão ritmada dos dedos foi se transformando em um prazer delicioso que o fez contrair os dedos dos pés e gemer como nunca antes. Era borbulhante e fervente, aquecendo suas entranhas e fazendo seu pau pulsar, rígido como nunca antes.

Já no quarto, o garoto removeu a camisa, ficando nu, pois o restante de sua roupa havia sido removida e arrancada por Nana. Se jogou na cama, sorrindo. Mal podendo esperar pelo que viria a seguir.

Agora, Harvey havia se tornado alguém parecido com um antigo viciado provando novamente uma droga entorpecente. Precisava de mais. Talvez com mais furor que ela. Harvey necessitava.


...

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próximo capítulo é o último;)
💋🍓


𝗡-𝗡𝗔𝗡𝗔, 𝖿𝖾𝗆𝖽𝗈𝗆Onde histórias criam vida. Descubra agora