Capítulo 2

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Nem sempre o que achamos que é certo para nós, é realmente certo. Minha época de caloura deixou isso bem claro, eu queria ser psicóloga, mas virei escritora; eu queria auxiliar as pessoas que tinham transtornos, mas agora escrevo sobre os meus próprios medos e inseguranças.

Na época, eu comecei a namorar meu melhor amigo, eu achava que tinha sido a melhor coisa que me aconteceu. Todos diziam fazermos um ótimo casal, mas as pessoas viam a parte de fora. As pessoas nunca viram como ele se transformou quando engravidei, ninguém nunca viu seu pedido para que eu abortasse meu filho, ninguém viu suas traições e muito menos a felicidade que ele sentiu quando descobriu que sua amante se divorciou.

Eu sei que esse início parece pesado, queridos leitores, mas infelizmente minha vida é um grande fardo pesado.

Quando Levi nasceu, Lucas foi embora com sua atual esposa — sim, eles se casaram — entrei em depressão pós-parto e por muito tempo não quis ver o meu filho. Os pais de Lucas me ajudaram a sair da fase difícil e eu devo minha vida a eles. Meu pai faleceu antes de conhecer o neto, então tudo o que eu tinha eram os pais do meu ex.

O Deus que meu pai servia com tanto amor, me abandonou quando eu mais precisei.

Hoje em dia, Levi tem 7 anos e, graças a Deus, não sofro mais com a depressão. Tem dias que são mais difíceis que os outros, mas sempre avançando com um sorriso no rosto.

Sentada em uma poltrona na classe econômica de um avião, viajando para o outro lado do planeta, com meu filho e um sonho. Como isso aconteceu? Enviei meu currículo para a maior rede editorial da coreia e, bom, eles me chamaram. E, como minha vida gira em torno do meu filho e do meu trabalho, escolhi ir.

Coreia do Sul tem uma das melhores escolas e a educação de lá é literalmente de outro mundo.

"Ah, mas lá as crianças sofrem muito bullying"

"Ah, mas lá a taxa de suicídio aumenta a cada ano"

"Ah, mas..."

Tomem conta da vida de vocês, que a minha e a do meu filho cuido eu.

Enfim, agora sou oficialmente contratada como assistente editorial na Daiwon C & A Holdings. Chique, né?

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Dizem que para um relacionamento durar tem que existir muito amor, mas esquecem de que deve existir respeito, cumplicidade, amizade e diálogo. Só o amor não basta! E eu aprendi isso da pior forma, como? Amando.

Fui "casada" por 2 anos com meu ex-companheiro. Durante todos esses anos ao lado do Lucas, ele nunca fez com que eu me sentisse realmente amada. No início, eu até me senti querida, mas era como se ele estivesse fazendo um favor e isso me machucava de todas as formas possíveis.

Não vou generalizar, mas acho que a maioria dos relacionamentos são girassóis no começo, no meio são como rosas e no fim são como jacintos. Bom, o meu relacionamento com o Lucas foi somente rosas e Jacintos, poderia ter sido como peônias, eu amo peônias.

Depois de seis meses de namoro, decidimos morar juntos em um apartamento próximo à faculdade — eu cursava psicologia e ele administração — foi a maior burrice que cometi na minha vida. Lucas era carinhoso, atencioso e sempre me respeitou. Depois que fomos morar juntos, o carinho, atenção e o respeito estavam apenas na frente das pessoas. Em casa, ele se transformava em outro ser humano e essa sua dualidade começou a me assustar.

Nosso relacionamento era rosa e isso doía.

Quando eu digo rosas, quero dizer que quem olhava por cima via que era lindo, cheiroso, charmoso, porém, era puro espinho por dentro. Ou seja, todos achavam sermos as pessoas mais felizes do mundo, mas só quem convivia conosco sabia o verdadeiro inferno que era. Mas aí vocês perguntam:

The Wanted FlowerOnde histórias criam vida. Descubra agora