Chegando ao Caos

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Pov: Yuta

Quando o Sensei e os outros mencionaram que Tóquio estava cheia de maldições com graus acima de 4, eu acreditei na gravidade da situação, mas nunca imaginei que seria tanto assim. O céu estava tingido de um vermelho profundo, sangue, refletindo o caos que dominava a cidade. O cansaço me pesava a cada movimento, mas a adrenalina mantinha-me alerta.

Havia perdido a conta de quantas maldições enfrentei hoje. Por sorte, não tive ferimentos significativos; apenas alguns arranhões e hematomas que agora ardia em minha pele.

Enquanto caminhava, minha mente se preocupava com o restante do pessoal. Esperava que eles também estivessem ilesos, que tivessem conseguido enfrentar as maldições sem grandes consequências.

Olhei ao redor em busca de perigo, mas a área que me designaram já estava limpa. Um alívio momentâneo me envolveu; eu poderia finalmente voltar para a escola.

Conforme me aproximava da escola Jujutsu, um pressentimento inquietante começou a crescer dentro de mim. A cada passo, uma sensação inquietante começou a se instalar dentro de mim. Quando finalmente avistei o que restava do edifício, meu coração parou.
Não era apenas uma sensação.

Uma boa parte da escola estava devastada. As paredes apresentavam grandes fissuras. Destroços se espalhavam pelos cantos. O ar estava impregnado com o cheiro de fumaça e destruição, uma mistura amarga que fazia meu estômago revirar.

Levei a mão à boca, incrédulo. O silêncio ao meu redor era ensurdecedor, interrompido apenas pelo meu coração que pulsava forte no peito.
O medo se espalhava em meu interior, e uma única pergunta dominava minha mente: o que havia acontecido aqui?

Maki!
pensei instantaneamente.
Ela estava lá dentro.

Avancei pelo portão quebrado, a tensão crescendo a cada passo. O interior não estava tão afetado quando o lado de fora, mas ainda assim, o chão estava coberto de escombros e manchas de sangue, fazendo meu estômago se revirar. As dores que antes me incomodavam pareciam ter desaparecido; a única coisa que importava agora era encontrar Maki.

Corri em direção ao campo de treinamento e, ao avistar uma figura caída no gramado, senti um como se meus pés perdesse o chão. Maki estava no chão, ferida e inconsciente, com cortes e hematomas visíveis por todo o corpo. Uma poça de sangue se espalhava ao seu redor, e a cena era devastadora. Ver ela assim, em meio à destruição, fez minha preocupação se transformar em desespero.

_Maki!_ gritei, correndo em sua direção, o som da minha voz ecoando em meio ao silêncio.

Aproximando-me, a adrenalina me impulsionou a agir. Tentei avaliar suas feridas, a mente correndo em busca de respostas: o que havia acontecido ali? O que poderia ter causado um ataque neste nível? O desespero me envolvia enquanto eu buscava sinais de vida.

Aproximei meu rosto do dela, sentindo a suavidade de sua pele, sua respiração, apesar de fraca e rasa e o leve movimento do seu peito mostrava que ela ainda estava viva. Um alívio me envolveu, fazendo com que um suspiro escapasse pelos meus lábios, dissipando a ansiedade que me consumia. Maki era forte, eu tinha que acreditar que ela conseguiria sobreviver.

Com delicadeza, envolvi sua cintura com um braço, sentindo a leveza e fragilidade do seu corpo, como se qualquer movimento brusco pudesse quebrá-la. Meu outro braço deslizou para suas costas, sustentando-a com firmeza, porém com o máximo cuidado, levantando-a do chão como se fosse uma pétala frágil. Senti o peso da responsabilidade em meus ombros.

_Preciso te levar para dentro da escola, rápido_murmurei, minha voz carregada de uma urgência velada. O medo de que algo pudesse acontecer enquanto eu ainda não havia feito o suficiente apertava meu peito.

O interior da escola não estava tão destruído quanto o lado de fora. Lá dentro, poderia tratá-la, estancar o sangue e cuidar dos ferimentos. Enquanto meus passos se tornavam mais rápidos, a sensação quente e úmida do sangue de Maki se espalhava pela minha mão, fazendo com que meu corpo todo estremesse. Cerrei os dentes com força, tentando afastar a sensação, forçando-me a focar apenas no próximo passo.

Cada metro percorrido parecia uma eternidade, como se o próprio ar ao nosso redor estivesse denso, pesado. O tempo não nos favorecia. A cada segundo perdido, eu sentia o peso da urgência aumentar sobre meus ombros, mas fracassar não era uma opção. Quando finalmente avistei as portas da escola, soltei o ar que nem percebia estar segurando. Tudo dependia do que eu faria agora. Era minha responsabilidade mantê-la segura, viva.
Maki precisava sobreviver.

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⏰ Última atualização: Sep 30 ⏰

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Atração Secreta (Yuta e Maki)Onde histórias criam vida. Descubra agora