" Tempo no exterior, falta de informações e luto, alimentando a cada segundo uma insaciável sede de vingança pela vida de meu irmão.
Será que realmente valeu a pena? "
Uma enorme cúpula agora surge ao redor de nós três. A aura malígna expelida da criatura diante de nós era inigualável a qualquer uma que eu jamais antes tivesse visto. Em uma ação desesperada, rapidamente abaixo o zíper da gola do meu uniforme.
Yuta não só se desempenhou incrivelmente durante essa missão. Mas também, salvou a minha vida e a de todos os nossos colegas. Se não fosse por ele, uma hora dessas eu e a Maki estaríamos mortos. Ele está cansado da luta. Foi feroz e corajoso. Também estou cansado, mas, e daí?
Sinto que devo retribuir o favor.
— FUJA. — Sinto minha garganta ser dilacerada enquanto proclamo a ordem ao meu colega, que me olha assustado enquanto, involuntariamente, suas pernas começam a se mover. Uma rasa trilha de sangue se forma dentre meus lábios, lentamente escorrendo até minha mandíbula.
— O QUE?! TOGE, NÃO! SAI DAÍ! — São às ultimas coisas que ouço sairem da boca de Yuta antes do domínio se fechar por completo, fazendo um silencio ensurdecedor predominar. É por um bem maior.
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Narrador. Um vazio branco toma conta do espaço. A criatura, antes camuflada dentre as paredes escuras e sujas do ambiente abandonado, desaparece dentre o espaço.
Inumaki está incapaz de fazer qualquer coisa. Apesar de incompleta, — o que revela ao garoto que o nível da criatura não era tão absurdo assim — a expansão de domínio da figura desaparecida parecia ter efeitos fortes sobre seu corpo, impedindo-o até mesmo de falar. Mas o efeito não deve ser o mesmo sobre Gojo Satoru. Não é?
" Porque.. Porque você não se move, Gojo? "
Pelo cantinho de sua visão, Inumaki percebe que seu sensei se encontra no mesmo estado. O desespero toma conta de seu ser e, se multiplica quando sente uma mão em seu ombro.
Congelado, a única coisa que Toge consegue fazer no momento é implorar mentalmente por piedade. Seu corpo estremece com o toque, o que faz a mão até então maldosa se afastar.
Respira fundo e, como última esperança de sobrevivência, Toge se põe a pensar racionalmente, percebendo que não há nenhuma maldade envolvida no recém toque. Dois tapinhas são dados em suas costas, como se a criatura cuidasse ou apaziguasse de seu ser.
O silencio completo do vazio volta a se fazer presente. As únicas coisas que podem ser escutadas são a respiração descompassada e desarmoniosa de Inumaki, que ainda se encontra em alerta, e o som dos três coração ali presentes.
