Ato I

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           A rainha Aemma se encontrava deitada em uma banheira com água morna, com dores tremendas pelo corpo, por conta de sua gravidez complicada.

Aemma estava com a cabeça cheia de pensamentos quando seu marido, O rei Viserys passa pela porta, chamando sua atenção.

- Você passa mais tempo ai do que eu sentado naquele trono- disse o rei se ajoelhando, ficando na altura de sua esposa sentada.

-Aqui é o único lugar que estou encontrando conforto ultimamente- disse a mulher com um sorriso tristonho e desconfortável.

-Está morno!- disse o rei com pequena indignação, após colocar sua mão na água e sentir a temperatura.

-Esta na temperatura que o meistre permitiu.

-Eles não sabem que os dragões preferem o calor?

-Depois dessa terrível gravidez, eu não me surpreenderia se chocasse um dragão de verdade- disse a mulher após soltar um bufo ofegante e irônico.

-E ele será amado e estimado!

-A Rhaenyra declarou que terá uma irmã, ela já escolheu até o nome! e adivinha? Visenya. Escolheu até um ovo para colocar no berço, um que a faz lembrar da Vhagar.

-Que os deuses sejam bons! essa família ja tem a sua Visenya!

A pobre mulher então bufou, e tentou arrumar uma melhor posição, para acabar com o incômodo da dor. Mudando de assunto ela disse:

-Tem notícias de seu "adorável" irmão?

-Não, desde que o denominei comandante da patrulha da cidade. Tenho certeza que ele aparecera para o torneio.

-Ah, o torneio!- disse com desdém - Torneio esse que será em homenagem a seu herdeiro nem nascido? será que você não entende? nada fará crescer um pênis nessa criança, se ele já não tiver um?

-Essa criança é um menino, Aemma! estou certo disso, nunca estive tão certo sobre alguma coisa.

Aemma apenas virou sua cabeça sutilmente para olhar o marido, cansada desse assunto.

-Eu tive um sonho, foi mais claro que uma memória. Nosso filho nasceu usando uma coroa de ferro, a mesma de Aegon, o conquistador. Eu ouvi o som de cascos, trovejando, dos escudos se partindo, das espadas se chocando; e eu coloquei o nosso filho no trono de ferro, também tinha uma mulher um pouco atrás de nosso filho, com um bebê no colo! enquanto os sinos do alto Pardal soavam e todos os dragões rugiam como um.

-Nasceu usando uma coroa?- disse a rainha dando um risinho para descontrair do clima tenso- Deuses me livrem! o parto já é desagradável do jeito que é... Essa é a Última vez, Viserys. Eu perdi um bebê no berço, tive dois filhos natimortos e duas gravidezes interrompidas. Foram cinco ao total, cinco tentativas - disse com a voz embargada e os olhos com lágrimas. -Eu sei que é minha obrigação te dar um herdeiro e eu sinto muito por ter falhado tantas vezes, mas já sofri o bastante.

O rei em resposta apenas deu-lhe um beijo na testa, como um "conforto", se levantou e saiu sem dizer nenhuma palavra, deixando-a a mulher cansada e triste para trás.

      E no dia seguinte o rei voltava as pressas do torneio, ele finalmente recebeu a notícia, sua esposa estava em trabalho de parto, quanto mais perto ele chegava, mais altos os gritos ecoavam.

O castelo todo ouvia os gritos da mulher, as paredes tremiam, mas isso era bom, certo? já que o tão esperado herdeiro estava prestes a ver a luz do dia pela primeira vez.

Pelo menos foi isso que sua majestade pensou, mas quando chegou em seu quarto e se deparou com sua cama encharcada de sangue e sua esposa se contorcendo, sua opinião mudou.

-por favor! tirem isso de mim! eu imploro!- gritava a mulher aos prantos

O Rei deu um passo em direção a sua mulher, para ir ao seu socorro, mas recuou quando o meistre o chamou.

-o que a de errado?- perguntou o rei aflito.

-o bebê não quer virar, majestade. Já fizemos de tudo, mas ele é teimoso- disse o velho meistre.

-Então não a nada que você possa fazer? irá deixar minha esposa e filho morrerem?- gritou-lhe o rei em desgosto e indignação.

-A uma chance, majestade, de salvar um deles. Na cidadela eles ensinam uma tática de cortar o útero para tirar o bebê, mas a mãe morre de hemorragia.

O velho meistre abaixo sua cabeça tremendo, com medo do homem furioso a sua frente. Mas se surpreendeu ao ouvir apenas uma calma pergunta:

-Então o bebê sobrevive?

O meistre ainda tremendo e com um leve choque respondeu:

-Sim, vossa majestade, se fomos rápidos podemos salva-lo.

Após ouvir isso, Viserys apenas deu um leve balançar de cabeça.

Com a cabeça baixa ele caminhou até sua cama, e se agachou assim ficando na altura de sua esposa ofegante e soada deitada a sua frente.

-Não se preocupe, querida, eles vão tirar o bebê agora.

A pobre mulher, totalmente inocente do que virá a seguir, apenas lhe envia um sorriso de alivio.

Mas esse alivio não durou muito, já que as parteiras e servas começaram a puxar seus braços e pernas, deixando ela em posição X.

Aemma quando viu o meistre se abaixar na direção de sua barriga com um bisturi, ela rapidamente compreendeu a situação, e começou a gritar e pedir socorro para quem a ouvisse.

Mas ninguém podia fazer nada para ajudar a mulher em prantos, já que o rei já tinha tomado sua decisão.

Enquanto isso no lado de fora, na arena, uma jovem princesa com cabelos prateados e trançados em um coque, estava nervosa, com um balançar incessante de pés, a jovem Rhaenyra permanecia sentada.

-O que há de errado com você?

Perguntou sua fiel confidente, a Lady Alicent Hightower, com cabelo encaracolados e ruivos, e uma preocupação genuína em seu rosto, sentada ao seu lado.

-A algo com a minha mãe, eu sinto.

O sessar de pés só parou quando a lady ruiva colocou suas mãos levemente nos braços da princesa, como um conforto.

-Seu irmão ou irmã está nascendo, você deveria estar feliz.

-Feliz? como? é como se todos nessa cabine soubessem de algo menos eu, eu sinto a tensão no ar!

-A tensão se trata de estar a vendo lutas e mortes ali embaixo, não pense que é com a sua mãe, Rhaenyra.

A princesa tentou se convencer de que sua amiga estava certa, ajeitando sua postura, ela voltou a por os olhos no torneio abaixo.

        Os lamentos da pobre rainha não eram mais ouvidos, a mulher soltou seu ultimo suspiro, quando o bebê sai de seu útero, também quieto e imóvel.

O rei que estava covardemente de cabeça baixa durante toda a "tortura", a levantou, seus olhos marejados focados na criança.

A sala cheia de silêncio e de tensão, mas a tensão rapidamente se desmanchou, quando um som de tapa seguido de um leve e fraco choro foram ouvidos.

-Um menino, majestade!

E ali; Baelon Targaryen nasceu.

E ali; Baelon Targaryen nasceu

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Love Amidst War: When Enemies deliver - Baelon Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora