Me Quebre - Bully Romance ❗

Renascer

*Elizabeth Martinez*

É uma droga se sentir assim, impotente. As pessoas te humilham, riem de você, debocham de você e você não consegue fazer nada para mudar isso.

Desde que tudo aconteceu, há exatamente três dias atrás, eu mal conseguir sair da cama. A humilhação das pessoas terem me visto daquele jeito, as fotos que tiraram de mim e depois postaram nas redes sociais, a violência e o assédio que sofri foram demais para mim. E eu só consigo me perguntar se Trevor está feliz em me ver assim, mofando dentro desse quarto.

E tudo isso aconteceu só por causa de uma mentira que ele mesmo inventou, sobre eu ser uma "ex-psicopata" que, além de perseguir ele e Grace, ainda o chantageei na época em que estávamos namorando para me dar uma bolsa de estudos na Brown. Isso nem faz sentido; se eu consegui entrar na Brown, foi pelo meu esforço e dedicação, e não por causa dele. Ele não fez porra nenhuma e, mesmo assim, as pessoas estão dando o mérito para ele.

Na real, as pessoas não se importam se tudo isso é verdade ou não. Se eu realmente conseguir entrar na Brown por causa do meu esforço ou, sei lá, elas apenas gostam de ser maldosas com outras pessoas sem motivos, e eu fui idiota em acreditar que aqui seria diferente.

Alheia aos meus pensamentos, de repente escuto três batidas fortes na minha porta:

— Elizabeth Martinez? — uma voz familiar fala.

— É a Martina, eu gostaria de falar com você.

A sra. Martina? O que será que ela faz aqui?

Com muito esforço, me levanto da cama e vou em direção à porta. Se não fosse pela minha curiosidade, eu nem me levantaria da cama; simplesmente fingiria que tinha morrido ou algo do tipo. Giro a maçaneta, dando de cara com Martina, a vice-diretora da Brown.

— Bom dia. — Ela me analisa com cautela.

— Bom dia.

— Eu posso entrar? — Sua voz é suave e doce.

— Pode sim. — Digo um pouco hesitante.

A mulher que deveria ter pelo menos uns 40 e poucos anos adentra o meu quarto e olha em volta com bastante curiosidade. Confesso que isso me incomoda um pouco, mas tento relevar. Ela se senta na cadeira que está logo em frente à minha cama, e eu faço o mesmo, me sentando no puff de cor cinza, ficando de frente para ela. Assim, ela começa a falar:

— Bem, eu vou ser direta: estou bem preocupada com você, Elizabeth.

— Comigo?

— Fiquei sabendo de alguns eventos que aconteceram ultimamente com você e gostaria que conversássemos sobre isso.

Quando ela diz "alguns eventos", ela quer dizer as humilhações que eu passei?

— Mas conversar sobre o que exatamente? — Para falar a verdade, não estava nem um pouco afim de conversar sobre aquilo.

— A sua amiga, Olivia, me procurou e me falou do seu estado. Você mal estava saindo do quarto, não sai nem para comer e também não está frequentando as suas aulas.

— Que amiga? A minha colega de quarto? — O meu espanto é nítido.

— Sim, ela mesma. Algum problema?