CAPITULO I

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Alice Albuquerque

Atravesso o saguão de desembarque do aeroporto e logo vejo uma linda mulher com um cartaz com meu nome, me aproximo ainda tímida e me sentindo o patinho feio.

-- ola eu sou Alice. - digo trêmula

-- aí meu deus finalmente você chegou, seja bem vinda a nova Iorque. - a mulher pula em mim me abraçando tão forte que quase não consigo respirar.

-- obrigada...você deve ser a mia. - digo ofegante e ela me solta finalmente.

--  a me desculpa é que você cresceu no mesmo lugar que eu e você é do mesmo pais, então somos quase irmãs e sim eu sou a mia muito prazer.- ela estica a mão e fala tudo de uma vez me fazendo rir.

-- prazer mia. - sinto que ela é meia maluquinha mais parece ser gente boa, e se não fosse a madre não me mandaria para cá.

-- vem vamos, vou te apresentar sua nova casa.- ela pega o carrinho de malas e vem me arrastando pelo salão e mau percebia que trombamos em dois homens muito bem vestido.

--ai meu deus me desculpe senhor.- digo com as mãos no peitoral do homem e acho que meu inglês tá péssimo que ele apenas me olha furioso.

-- tire suas patas imundas de cima de mim e olhe por onde anda.- ele grita me fazendo se afastar.

-- Henrique tenha calma foi um acidente, e vamos antes que perdemos nosso vôo. - o outro homem fala e sai andando.

-- aaaa.. esses estrangeiros.- ele diz se afastando.

-- menina que deuses gregos são esses, eu morri e tô no céu só pode.- mia fala se abanado e olhando para a direção que os homens vão.

-- você é maluquinha mesmo né, vamos logo que estou cansada.- digo sorrindo e ela balança os ombros enquanto seguimos olho de leve para traz e noto que o homem também está me olhando, então me viro e balanço a cabeça tentando afastar aquilo de mim.

Meia hora depois paramos em um prédio humilde e eu dou graças a deus porque mia não parava de falar que eu ia amar a cidade e tudo mais.

Entramos no apartamento pequeno com um toque meio rústico mais aconchegante.

-- vem esse é seu quarto, vou deixar você descansar um pouco e depois a gente conversa mais, tenho que ir trabalhar já está no meu horário mais fique a vontade, tô sentindo que vamos ser grandes amigas.- mia fala batendo palmas e sai do quarto fechando a porta, também acho que vamos ser amigas.

Eu cresci em um orfanato no Brasil, tudo que sei dos meus pais é que eles morreram em um acidente de carro e como não tenho mais família eu fiquei num lar de crianças, depois que fiz dezoito anos a madre Tereza deixou eu ficar lá até terminar a faculdade, agora estou em um lugar diferente com uma colega de quarto maluca, mais tenho bons pressentimentos sobre isso.

Coloco a mala sobre a cama e começo a arrumar no armário as poucas coisas que trouxe, tomo um banho e me deito para descansar, amanhã já preciso começar a procurar emprego.

Antes de fechar os olhos lembro do homem que esbarrei no aeroporto, Henrique o nome que o outro homem o chamou, parecia que estava batendo contra um muro de tão forte que era, e mesmo bem vestido deu pra sentir, seu olhar era duro e fixo em mim, aquele olhar me arrepia.

Balanço a cabeça para afastar os pensamentos e me perco nos meus sonhos.

Meu CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora