Oito

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Sophia, ainda abalada pelo que havia acabado de acontecer, olhou para Noah com uma mistura de irritação e medo. "Por que você fez isso, Noah?"

Ele deu de ombros, com um sorriso despreocupado. "Ah, sei lá... Eu estava entediado."

Ela suspirou, frustrada. "Mas eu estava estudando, Noah! Agora o Rafa foi embora por sua causa. Que saco!"

Noah ergueu uma sobrancelha, sua expressão se tornando um pouco mais sombria. "Ah, garotinha, te salvei de uma situação chata. Aquele moleque é um mala."

Sophia deu um passo para trás, o medo começando a tomar conta de suas expressões. "Noah, o que você está fazendo? Você está me assustando."

Noah, com um gesto quase imperceptível, fez a porta do quarto se fechar sozinha, o som do tranco ecoando pelo ambiente. Sophia arregalou os olhos, surpresa e aterrorizada.

"Me deixa sair," ela pediu, a voz tremendo.

"Não vou deixar enquanto você não parar de ter medo de mim," ele respondeu, o tom de sua voz mais sombrio e intenso.

"Eu vou gritar," Sophia ameaçou, a voz fraca, mas decidida.

Noah sorriu de maneira sinistra. "Tenta a sorte, garota. Ninguém vai acreditar em você."

Ele deu um passo à frente, a voz se tornando mais suave, porém carregada de um tom galanteador. "Não precisa temer, gatinha. Eu posso ser muitas coisas, mas não sou seu inimigo."

Sophia, com o coração acelerado, tentou manter a calma, mas o medo era evidente em seus olhos. "O que você é, Noah? Por que está fazendo isso?"

Ele a observou por um momento, o olhar fixo e penetrante, como se estivesse decidindo se revelaria mais de si. "Eu sou um ser de fantasia, Soso. Vivo no mundo dos espelhos, preso por uma maldição. Mas, por mais que isso seja, eu não sou só uma vítima. Tenho poder, e sei usá-lo," ele disse, a voz baixa, mas firme.

Sophia tentou manter a compostura, mas a tensão no ar era palpável. "Então, o que você quer de mim?"

"Eu quero... divertimento. Um pouco de emoção," ele disse, dando um sorriso malicioso. "E talvez, quem sabe, um pouco de companhia."

"Isso não é jeito de conseguir isso," ela respondeu, tentando soar corajosa, mas sua voz ainda traía o medo que sentia.

Noah deu uma risada baixa, que fez a espinha de Sophia arrepiar. "Talvez não, mas você não parece ter muita escolha, não é?" Ele se aproximou mais, seus olhos brilhando com uma intensidade que Sophia nunca havia visto antes. "Mas você pode relaxar, Soso. Eu posso te proteger, posso te fazer sentir coisas que você nunca imaginou... Basta você deixar de ter medo de mim."

Sophia engoliu em seco, a mente tentando processar a estranha mistura de ameaça e sedução que emanava de Noah. Ela sabia que ele estava brincando com seus sentimentos, mas ao mesmo tempo, havia algo nele que a intrigava, algo que a fazia questionar até onde iria aquela estranha relação.

"Agora, seja uma boa garota," Noah continuou, a voz suave e perigosa. "E pare de resistir. Vamos fazer um trato... Eu não te assusto, e você... se diverte comigo."

Sophia o encarou, dividida entre o medo e a curiosidade. "E se eu não quiser?"

"Então, o tédio vai me obrigar a ser... criativo," ele disse, sorrindo de maneira enigmática.

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