“A própria essência do romance é a incerteza."
- Oscar Wilde
Nugatório - insignificante, sem valor.
"Mesmo que eu fosse um outono passageiro para você..."
Eu estava tendo aquele pesadelo de novo?
"Atribuir 300"
Esse foi o sonho em que me desfibrilaram. Foi uma tentativa de fazer um cadáver viver. Foi o mesmo pesadelo em que perdi meus olhos.
Eu ainda sentia frequentemente os choques elétricos viajando pelo meu sangue e sistema nervoso, pequenos choques se fundindo em um grande e meu corpo convulsionando para cima em uma tentativa de arrebatar meu coração.
Sons misturados com a cacofonia cáustica do passado.
É assim que a morte se sente?
Uma ponte branca sem fim?
Um caos de som inexistente?
"Estamos perdendo ele!"
"Não podemos perdê-lo"
"...Você será para sempre minha primavera"
A escuridão rodou e abriu um caminho colorido. Algumas cores eu reconheci, outras não. Minha mente como um caleidoscópio… padrões, formas e matizes alterados. Eu estava sonhando com cores.
Eu reconheci manchas vermelhas, brancas. Rosa... cinza...
Meu corpo se sacudiu para frente, um suspiro escapou de mim quando me descobri na escuridão muito familiar. Meus nervos lentamente despertaram de seu sono.
Percebi que estava sonhando, um reflexo da memória de quando eu estava pendurado entre a vida e a morte.
— Ele está acordado — ouvi a voz de Archer ecoando pela sala.
Um suspiro escapou de mim enquanto os eventos anteriores lentamente começaram a se repetir em minha mente.
Meu corpo estava dormente, eu mal conseguia sentir qualquer coisa, exceto o peso da pequena agulha borboleta nas costas da minha mão. O bipe constante da máquina me fez saber que eu estava em um hospital.
Ouvi passos rápidos, seguidos pelo som de uma porta se abrindo.
— Olá, Sr. Estevan — a voz do médico me cumprimentou. — Sou o Dr. Johnson. Como você está se sentindo?
Eu me senti sendo levantado.
— Péssimo — eu comentei sarcasticamente.
— Você pode, por favor, tentar levantar sua mão direita?
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𝐈𝐧𝐝𝐨𝐦𝐢𝐭𝐮𝐬 | +𝟏𝟖
Romance| D A R K R O M A N C E | + 18 | Um homem cego é designado para uma enfermeira ninfomaníaca. Após perder a visão em um acidente, 𝗔𝗿𝗲𝘀 se distancia de todos. A vida já não é mais a mesma, as cores e alegrias se tornaram um borrão preto que Ares...