039 - Aeonian

363 43 32
                                    

"Quando nós três nos encontraremos novamente, em trovões, relâmpagos ou chuva?"

- Macbeth, William Shakespeare

Aeonian - Eterno, perpétuo.

   Uma brisa morna sussurrou por ela, uma rajada de borboletas dançando junto com o vento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Uma brisa morna sussurrou por ela, uma rajada de borboletas dançando junto com o vento. O cheiro de flores recém-desabrochadas flutuando ao redor, pétalas caídas ao longo da estrada úmida, como um tapete dando boas-vindas aos visitantes que visitavam o túmulo de seus entes queridos.

   Uma lágrima escorreu por sua bochecha enquanto seus olhos vazios permaneciam na lápide, seus cachos negros balançavam com o vento.

Thomas Campbell.

Pai-Marido-Filho

"Uma coisa não é necessariamente verdadeira porque um homem morre por ela."

Oscar Wilde

   — Pai — um sussurro escapou dela. — Senti tanto a sua falta.

   Uma brisa quente passou por ela enquanto seus olhos observavam seu lugar de descanso, desejando e observando sua alma vazia e seu coração cantando a melodia da tristeza.

   — Entrei na John Hopkins, pai — ela sussurrou enquanto outra lágrima escapava, enquanto um carro buzinava alto enquanto corria pela rua. — Você está orgulhoso de mim?

   Sua pergunta foi respondida com um silêncio prolongado.

   Ela olhou para cima, seus lábios se abrindo em uma súplica silenciosa. O céu estava limpo, azul em contraste com nuvens brancas girando na melodia do vento. O barulho dos pássaros ressoava ao redor, raios cintilantes de sol espreitando através dos galhos das árvores, como se estivessem brincando de esconde-esconde.

   — Eu te amo, papai — seu sorriso encharcado de lágrimas era uma celebração de liberdade, uma celebração de alegria de finalmente se libertar dos grilhões que a aprisionavam aos demônios de sua mente. Uma emancipação que seu coração e corpo ansiavam há tanto tempo.

   Ela colocou o buquê de rosas em seu túmulo, passando a mão sobre a lápide enquanto chorava, seus soluços silenciosos perfurando o ar.

   Uma borboleta dançava ao redor, sentada na lápide. Ela enxugou suas lágrimas abruptamente, seu coração brilhando de melancolia enquanto a orquestra muda tocava a cacofonia de sua alegria e angústia. As melodias eram elegíacas, sangrentas, mas pintadas com suas lágrimas de alegria.

   — Eu tenho que ir, papai — ela sussurrou, brincando com os dedos, a safira em seu pescoço brilhava sob a luz do sol. — Mas eu prometo te visitar em breve.

   A escuridão que a engolia por inteiro residia nela, uma eufonia melancólica ecoando em seus ouvidos como uma canção triste.

   Com o coração palpitando como folhas secas no inverno, ela saiu do cemitério, a euforia se misturando à sua alma trêmula enquanto seu destino aparecia em sua mente.

𝐈𝐧𝐝𝐨𝐦𝐢𝐭𝐮𝐬 | +𝟏𝟖Onde histórias criam vida. Descubra agora