CRÔNICAS DO BABY VEE! (Vox × OC oneshots)

Primeiras Palavras (oneshot)

Vox acordou assustado após um sonho ruim...

Ao olhar para o relógio digital na mesa de cabeceira, a tela marcava 3h30 da madrugada.

Depois de anos de sossego, o soberano da tecnologia voltou a ter pesadelos relacionados a Alastor, nos quais o "Demônio do Rádio" machucava sua família. Vox não sabia se Alastor estava vivo ou morto, já que seu velho parceiro apenas sumiu após a batalha contra Adão.

Vox suspirou aliviado ao ver que sua noiva dormia tranquilamente ao seu lado. Ele acariciou seus cabelos, como se quisesse garantir que ela realmente estava ali.

Se esforçando para não acordá-la, Vox se levantou e fez seu caminho para o quarto de Vincent. Sorrindo ao encontrar seu filho acordado e sentado em seu berço, brincando com um pequeno tubarão de pelúcia.

"Parece que eu não fui o único a perder o sono", o soberano riu ao se aproximar do berço e pegar seu filho nos braços, sentando-se com ele em seu colo na poltrona de veludo que ficava no cômodo.

Por algum motivo, Vox sempre abraçava seu filho como se fosse a última vez que pudesse fazer isso, talvez fosse o medo de que algo acontecesse com ele.

Com a chegada de Vincent, Vox foi tomado por um sentimento que nunca havia experenciado: Amor incondicional paternal.

Claro que ele amava Tina incondicionalmente também, mas o amor entre um pai e um filho é muito mais complexo do que o amor por um parceiro...

Com uma respiração pesada, Vox puxou o bebê para mais perto e fechou os olhos, "Eu amo você, Vincent."

Porém, ele não permaneceria daquele jeito por muito tempo, já que Vincent achou que essa seria uma boa hora para surpreender seu pai.

"Pa-pa..."

Vox abriu os olhos, sem acreditar no que havia acabado de acontecer.

"O-O que?", ele gaguejou.

"Papa", Vincent repetiu, apoiando suas pequenas mãozinhas no peito do pai.

"É isso! É o papai!", o soberano respondeu, erguendo seu filho até a altura de seus olhos, "O papai tá aqui com você!"

Naquele momento, Vox estava tão entusiasmado que nem percebeu que seu tom de voz estava muito alto para aquele horário, e isso acabou chamando a atenção de outra pessoa.

Tina foi acordada ao ouvir a voz de Vox vindo do quarto de seu filho e correu para lá.

"TÔ AQUI! VOX, O QUE TÁ ACONTECENDO?!"

Ao ver o sorriso no rosto do dois, Tina sentiu uma carranca se formando em seu próprio.

"Vox, você veio aqui acordar ele?", a garota disse, esfregando os olhos, ainda sonolenta.

"Não! Não, bonequinha! Você não vai acreditar!", Vox disse enquanto corria até ela, com Vincent ainda nos braços.

"Realmente não acredito que vocês dois estão fazendo farra de madrugada", ela revirou os olhos.

"Amor, escuta! Ele falou! Pela primeira vez!"

Ao ouvir Vox dizer aquilo, os olhos de Martina se iluminaram. E antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ela recebeu a prova daquilo.

"Papa!", Vincent disse mais uma vez.

Tina levou as mãos aos lábios e sentiu lágrimas surgirem em seus olhos, "Meu Deus!"

"Eu te falei!", Vox comemorou junto de sua companheira, entregando o bebê a ela.

"Não é justo! Eu carreguei você por nove meses e sua primeira palavra é 'papai'?! Eu também quero um 'mamãe'!", Tina brincou enquanto fazia cócegas na barriga de seu filho.

"Parece que ele tem um favorito", Vox debochou, fazendo Martina revirar os olhos.

"Ha-ha, vai sonhando", a garota respondeu.

Logo, o pequeno Vincent abriu a bica em um grande bocejo, demonstrando que estava pronto para voltar a dormir.

"Parece que alguém se cansou de tanto falar", Vox riu um pouco.

Martina riu de volta e depositou um beijo na testa do bebê, colocando-o no berço logo depois.

Depois de se certificarem de que Vincent havia voltado a dormir, o casal voltou para seu próprio quarto.

Quando se acomodaram na cama, Tina se aproximou de Vox e se aconchegou no peito dele, mesmo com o todo o espaço de sobra que havia no colchão.

"Querido, por quê você acordou tão cedo assim?"

Suspirando, o soberano respondeu, "Eu tive outro pesadelo, só isso..."

"Oh, amor..."

"Não se incomode com isso, Tina. Eu estou bem", Vox puxou as mãos de sua amada para si e as beijou.

"É claro que me incomodo, como posso dormir tranquila sabendo que você não está conseguindo descansar?", ela respondeu, deslizando sua mão pela lateral da tela dele.

O soberano da tecnologia apenas se entregou ao toque carinhoso de sua noiva, "Eu vou ficar bem, é sério."

"Isso é o que eu mais quero, Vox", Martina falou enquanto se afastava para se deitar em seu lado da cama, mas foi impedida por uma mão em sua cintura.

"Hmm, será que podemos dormir assim pelo resto da noite?", Vox perguntou, com insegurança nítida em sua voz.

Martina apenas sorriu e voltou a se deitar ao lado dele, abraçando-o.

Puxando-a para mais perto, Vox começou a acariciar as costas de Tina, "Eu não sei o que faria sem vocês dois. E se eu não conseguir proteger vocês? E se eu não for o bastante, Tina?"

"Meu amor, você sempre foi o bastante. Nada vai acontecer com a nossa família, porque nós dois vamos fazer de tudo para protegê-la. Isso eu garanto."

Um suspiro relaxado deixou os lábios de Vox ao ouvir as palavras de sua amada. O mundo poderia pesar sobre os ombros do soberano, mas ele sabia que Tina estaria lá para dividir esse peso com ele.

"Eu te amo, sabia disso?", ele sussurou.

"Não sabia, pode dizer outra vez?", ela zombou, também sussurrando.

O casal trocou um último beijo apaixonado naquela noite, mas Martina sabia que, logo logo, Vox cairia no sono. E ela sorriu quando aconteceu, sorrindo e beijando a tela dele na região da testa antes de dormir também.

Vox poderia ser aterrorizado por pesadelos todas as noites, mas enquete Tina estivesse ao lado dele, nada o acovardaria.