Das inseguranças

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A última vez em que me recordo de ter sido uma pessoa segura, foi na infância, no auge dos meus 10 anos, de certa forma, eu era uma criança segura de si, até então eu não tinha, ou melhor, não tinham me limitado.

A insegurança foi se inserindo aos poucos na minha vida conforme as pessoas e a sociedade ao meu redor foram me apontando coisas, gerando limitações e comparações.

A segurança que antes tinha, foi sendo aos poucos minada, até dar total lugar a insegurança, e com passe livre, ela se instalou e ficou.

Hoje, ela me segue como se fosse uma fiel companheira, mesmo a sua presença não sendo desejada, ela continua ali, sem arredar os pés.

A terapia me ajudou a entender e a constatar os momentos que ela começou a se fazer presente, mas até agora, não consegui fazê-la ir embora, sigo tentando, mas as vezes me sinto cansada demais.

Ter me tornado uma pessoa possuída da insegurança, não me deixa dar passos em falsos, mas também não me permite arriscar os passos que possam me levar a lugares inimagináveis que tanto anseio.

Talvez a solução seja eu parar de lutar contra ela, e aceitar a sua companhia, talvez assim, fazendo as pazes, ela não me domine, e eu consiga atravessar as barreiras que me limitam, entendendo que, ela me acompanha, mas não me tem.

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