Jimin entrou na sorveteria acompanhado de Adam, seu colega de quarto. Ele era um intercambista do Reino Unido, que passaria os próximos 7 meses no país, estudando coreano. Nos últimos 5 meses, logo após se conhecerem, ambos se tornaram muito amigos.Adam gostava do jeito descontraído e amigável de Jimin. Sem contar a forma como ele lidava com irreverência às diversidades do dia a dia.
Jimin era gay assumido, e em um país que ainda era intolerável com a sexualidade de pessoas como ele, sendo ainda muito tradicional, Adam admirava como Jimin não se deixava abalar pelos olhares tortos e comentários desagradáveis quando ele passava. Era uma situação triste, mas o estrangeiro se apegou ainda mais a Jimin por ser "inabalável" nesse sentido.Adam pediu um milkshake. Jimin, uma casquinha de baunilha, seu preferido. Assim que recebeu seu pedido, a sineta da porta tocou. Jimin não deu atenção alguma. Mas Adam ficou reticente ao ver quem entrava.
— Jimin, podemos ir? — Adam começou a se afastar do balcão.
— Claro! — Jimin enfiou a mão no bolso e pegou o dinheiro para pagar pelo pedido dos dois, mas suspirou cansado assim que ouviu aquela voz chamando seu nome.
— Park Jimin! — Jimin se virou e viu o Kim logo atrás dele, seguido de seus amigos. — Você por aqui?
— Pois é, sua vida não seria nada sem uma bela vista do meu rosto todo dia, não é, Taehyung? — o Kim abriu um sorriso cafajeste.
— Está arisca hoje, "donzela"?
— Como se você merecesse menos que isso. — rabugento, Jimin deixou o dinheiro sobre o balcão e deu as costas para o Kim.
— Parece que você está precisando de um macho que saiba dar um bom trato em você. — curvou o pescoço e falou próximo ao ouvido de Jimin quando ele tentou se afastar.
— Eu sou macho o suficiente para não precisar de ninguém para nada. — devolveu ríspido.
— Macho, você? — gargalhou o Kim. — Jimin, todo mundo sabe que você não passa de uma putinha da boca suja, sua bicha.
Sem deixar se abalar com o insulto de Taehyung, Jimin sorriu mínimo e o encarou de cima a baixo. Taehyung era bonito, de fato, mas não deixava Jimin em paz. Sempre que se encontravam, ambos se atacavam como podiam. Mesmo sendo sempre atacado pelo outro por sua sexualidade, o Park não se calava e devolvia na mesma moeda, sabendo exatamente como o tirar do sério quando estava sem paciência para a troca de "elogios".
— E você é o único que não me deixa esquecer disso, não é, Taehyung? — Jimin se aproximou dele, encarando seus olhos escuros e focado em destruir aquele sorriso sínico em seu rosto. — Talvez seja porque você sabe muito bem que a minha boca suja não tem interesse algum em chupar esse seu pau pequeno.
Taehyung sentiu o rosto queimar de raiva com a ousadia de Jimin naquelas palavras. Nem seus amigos conseguiram segurar o riso, deixando-o ainda mais irritado. O Kim sabia que Jimin se atrevia a mencionar qualquer interação entre os dois porque aquele era seu calcanhar de Aquiles. Mas não deixaria por isso mesmo.
— Escuta bem, seu viadinho de merda, nem se o seu buraco fosse o último na terra, seu sonho seria realizado. Preferiria bater punheta para o resto da vida do que me rebaixar a nojeira de te comer. — rosnou entre dentes.
— Me comer é um prazer que você nunca terá nessa sua vidinha patética, Taehyung.
— Seu... — Taehyung avançou um passo, mas ambos ouviram o pigarrear de alguém ao lado.
— Se vocês não vão consumir, queiram se retirar. — o gerente da sorveteria indagou. — Este é um ambiente familiar, e essa conversa de vocês dois não é apropriada.
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SINNERS
FanfictionTaehyung vem de uma família tradicional: o pai advogado e a mãe que deixou a carreira na mesma área para cuidar da família, depois que se casou. Ele foi criado sob a rigidez do pai e do amor e carinho da mãe e dos avós. Uma vida muito típica. Jimi...