Hot Ride | MinSung

Capítulo 11

MINHO

Meu estômago embrulhou com suas palavras, e eu rapidamente me movi para o lado dele na mesa e o abracei.

— Hannie, mesmo que você fosse o dançarino mais estranho do mundo, eu ainda gostaria de estar com você. E mesmo que você fosse péssimo nisso, o que eu sei que não é, eu ainda gostaria que você dançasse com todo o coração.

Ele levantou a cabeça do meu peito e olhou para mim com seus lindos e tristes olhos castanhos. 

— Por que você iria querer que eu dançasse se eu fosse ruim nisso?

— Porque isso te faz feliz.

Jisung me estudou por um momento antes de se inclinar e me beijar suavemente. Foi hesitante e tímido no início, mas no minuto em que nossos lábios se encontraram, ele ganhou mais confiança para ter o que queria. Depois de um momento, ele se afastou e olhou para mim com um sorriso malicioso.

— Nisso aqui eu não sou ruim — admitiu.

Eu soltei uma risada. 

— Eu sei que você não é ruim em dançar, Hannie.

— Como você sabe?

— Porque sou amigo de uma de suas professoras de dança, e ela gritou alto o suficiente para prejudicar minha audição quando perguntei sobre você. Insistiu que eu poderia contratá-lo imediatamente, mesmo sem precisar ver sua apresentação.

Ele empalideceu novamente.

— Não estou pedindo para você me aceitar na sua companhia, Minho. Eu nunca-

Segurei seu rosto e passei meu polegar em sua bochecha. 

— Eu sei, querido, mas você vai dançar para mim mesmo assim? Foi por isso que trouxe você ao teatro, para que pudéssemos dançar e nos divertir juntos.

Senti-o começar a tremer em meus braços e sabia que ele iria recusar. Tentei cortar pela raiz.

— Não diga não. Volte comigo depois do café da manhã e conheça alguns dos dançarinos. Você pode assistir ao final do ensaio e, se em algum momento tiver vontade de dançar, você pode. Tudo bem?

— Ok... Isso parece incrível! Não acredito que vou assistir o ensaio da companhia. Isso é como um sonho que se tornou realidade, Minho. Obrigado.

Assim que nossa comida chegou, voltei para o outro lado da mesa e observei-o enquanto comíamos. Ele parecia muito mais relaxado e até começou a fazer piadas sobre como seríamos parentes depois que meu primo se casasse com a irmã dele.

— Ele é um pouco... ah, como devo dizer isso? — Eu comecei.

— Entediante?— Hannie sugeriu. — Sem personalidade, básico, só mais do mesmo?

— Isso é verdade. Eu não tenho nada contra o pai dele, meu tio, mas minha tia é um porre total.

Hannie riu. 

— Eu os conheci no jantar outra noite e ela me perguntou se eu era malaio. Olhei para ela com um sorriso doce e contei a verdade. 'Eu sou americano, assim como as três gerações antes de mim, mas meus ancestrais são coreanos.' Eu queria mostrar a ela o dedo do meio, para ser honesto.

— Meu irmão Jiwoong e eu conversamos sobre ela em linguagem de sinais o tempo todo. Deus não permita que ela tenha aprendido ASL — eu disse com uma risada. — A quantidade de besteiras inapropriadas que falamos na frente das pessoas é absurda.