𝟼. 𝙴𝚜𝚙𝚒𝚗𝚑𝚘𝚜

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𝖣𝗂𝖺𝗌 𝖠𝗍𝗎𝖺𝗂𝗌

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𝖣𝗂𝖺𝗌 𝖠𝗍𝗎𝖺𝗂𝗌.

Sete anos se passaram desde que perdi minha irmã e dezoito anos desde que minha mãe largou meu pai e decidiu criar minha irmã e eu no Brasil. Em menos de um ano, minha mãe já havia arranjado um novo marido, meu padrasto. São onze os traumas que acumulei ao longo desse período.

Seis tentativas de suicídio, dezenove comas alcoólicos, três overdoses e mais de cem vezes em que saciei minha dor com sexo.

Fui destruída pelo amor que qualquer um me ofereceu, bom, eu achava que fosse amor.

Minha mãe estava ocupada demais traindo meu padrasto, minha irmã teve uma morte lenta; suas mãos estavam quebradas pelo impacto do carro, engasgando-se com a água que entrava e saía na tentativa de respirar. Meu melhor amigo foi brutalmente assassinado na minha frente. Eu apenas fiquei quieta e aceitei, sem gritar.

Eu estou bem.

Limpo a lágrima solitária que caiu enquanto me encarava no espelho. Meus cabelos estavam soltos, eu usava um body preto tomara que caia e uma calça jeans clara, apertada na cintura e nos quadris, mas folgada na parte de baixo. Nos pés, coturnos. Aperto minhas mãos em punhos, mordendo os lábios. Pelo enorme espelho, vejo Haelyn escorada no batente da porta me esperando.

Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, com alguns fios soltos. Ela usava uma camiseta preta que mostrava a barriga, onde seu piercing brilhava, uma minissaia preta de tecido que revelava suas pernas bronzeadas, e uma jaqueta de couro que a cobria. Nos pés, coturnos.

— Linda rosa. — fala, segurando uma rosa preta em suas mãos e a girando. Me viro para ela e franzo o cenho, indo em sua direção e pegando a rosa.

— Não é minha. — dou de ombros, jogando-a na cama.

— Estava na sua mesa. — aponta para o criado-mudo onde fica o abajur do meu quarto.

— Não, não estava. — franzo o cenho.

— Quando cheguei, estava lá. — dá de ombros, indo em direção à escada, e a sigo.

— Deve ter sido o idiota do Cain. — reviro os olhos e o vejo no final da escada com Jace. Eu não o via há uma semana, desde que me levou ao hospital, e desde então prometi ao meu pai que pararia de usar drogas e voltaria à rotina. Desde então, vou para a faculdade e apenas fumo minha maconha, escondida de todos.

— O que tem eu? — fala, encarando seu celular.

Cain usava uma camisa polo justa, destacando seus músculos e tatuagens, uma calça larga preta e, nos pés, um par de Vans. Seu amigo usava uma blusa branca com uma jaqueta de couro, calças jeans escuras surradas e um par de All Star.

— A flor no quarto da Lilo. — Haelyn diz com um sorriso, e Cain franze as sobrancelhas. Jace apenas ergue uma delas, prestando atenção na conversa.

Doce ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora