𝙿𝚛𝚘́𝚕𝚘𝚐𝚘

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O diabo é real

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O diabo é real. Não é um homem vermelho com rabo e chifres. Tem várias faces, formas e performances. Ele é lindo, devo dizer, ela é linda. Lilith é um anjo caído.

Lembro-me da primeira vez que a vi. Seu olhar estava vazio, e sua forma de lidar com o luto era a pior possível; ela apenas existia, quebrada, se reconstruindo aos poucos, juntando seus pedaços um a um. Eu não queria consertá-la, apenas desejava tê-la. Ela era única, e mesmo estando tão perto, eu estava distante, distante de sua mente — o que era injusto, já que ela habitava meus pensamentos e dominava meu corpo.

Ela possuía minha alma e a odiava por ter tanto efeito sobre mim.

Seu luto passou, e com o tempo, seu sorriso me conquistou. Eu não sabia que uma pessoa poderia ter tantos sorrisos diferentes, mas ela fez com que eu me apaixonasse por todos eles.

Nunca achei que seus olhos de cigana e dissimulados fossem ser a minha perdição. Aqueles castanhos intensos ficaram tão vivos que eu ansiava dançar com o próprio diabo, se fosse para vê-los apenas mais uma vez.

Me apaixonei por Lilith antes mesmo de saber quem ela era; me apaixonei primeiro pela sua alma que, mesmo escura, era gêmea. Minha.

Por anos, busquei compreendê-la, mas como entender algo que não pode ser captado por olhos comuns? Ela era um ser extraordinário, e sua crueldade era um reflexo de suas feridas profundas. Era uma forma de arte, então eu simplesmente a apreciei.

Eu estava à sua mercê; a partir daquele momento, eu era seu. E ela não sabia, nem eu, mas eu era seu.

Doce ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora