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Sn: Você está louco!

Quando Hanma ia devolver o soco e Draken ia chutá-lo, eu chutei Draken e empurrei Hanma com o pé, fazendo-o sentar.

Sn: Chega! O que diabos vocês têm? Por que você bateu nele, maluco? E você, se aquieta aí.

Tirei a jaqueta e a devolvi para ele.

Draken: Eu é que te pergunto isso! Sabia que ele é de uma gangue?

Sn: E você não? Acha que eu provei a jaqueta por quê? A gangue dele tem estilo.

Hanma: Como eu queria devolver aquele soco… mas ver essa gata te chutar valeu a pena.

Sn: Fica quieto, homem. Também te chutei.

Hanma: Eu me amarro em umas surtada. — Eu não contive o riso. Se eu saísse da frente, claramente o Draken ia arrebentá-lo na porrada. Motivo? Ainda desconheço.

Sn: Tchau, Hanma, e valeu, mas não vou entrar na gangue. Não hoje.

Draken travou o maxilar ao me olhar e, antes que eu pudesse sair, os amigos dele nos cercaram.

Mikey: O que você está querendo, Hanma? — Fala sério.

Sn: Vem cá… vocês podem me ensinar como saem do nada? É mandinga? — Eu ainda estava na frente de Hanma.

Draken: Vai entrar na gangue dele, garota? Tem noção que eles são de uma gangue que machuca mulheres?

Sn: É sério isso? Então você é uma putinha, Hanma?

Hanma: Olha, para sua informação, Draken, não foi minha gangue que fez aquilo. Eu só estava ajudando a garota quando vocês vieram dar uma de bons samaritanos. — Não senti que ele estava mentindo pela entonação que usava, e olha que ele falava de forma divertida. — E putinha? Que isso? Não éramos amigos, mocreia?

Sn: Mocreia é sua mãe, aquela… — Draken colocou a mão na minha boca, e eu arqueei uma sobrancelha, olhando a audácia dele. Mordi o dedo dele, e ele puxou a mão. — Melhorou.

Draken: Fica longe dela, Hanma.

Sn: Vai catar coquinho na ladeira, ninguém quer. Já vou indo e, pelo amor de Deus, parem por cinco minutos. Eu, hein. Estão parecendo as gurias da minha antiga escola.

Passei por eles e dei tchau para Hanma, olhando o GPS e saindo de lá, deixando-os me olhando igual ao Ozauski de Monstros S.A.

Cheguei em casa e recebi uma mensagem do meu pai dizendo que a chave estava na planta e que eles tiveram que sair para resolver umas coisas, que se eu quisesse sair, aquela era minha chave.

Tomei um banho, me troquei e fui andar a pé pelas ruas.

Tudo era mágico para mim até eu bater em uma parede humana.

Sn: Bati na parede? — Falei em português e escutei uma risada. — Já tem um urubu rindo da desgraça alheia.

??: Criatura, também é do Brasil?

Sn: Ah lá, pelo sotaque, temos um mão de elástico aqui.

??: E uma aspirante a quebrada.

Sn: Que isso, irmão? Prazer, Sn.

??: Terano.

Sn: Cara, jurei que tinha batido na parede… foi mal.

Ele riu.

Terano: Você é uma comédia, menina.

Sn: Viaja na minha não, Zé. Sabe onde tem uma lanchonete? Estou brocada de fome.

Terano: Vem, criança, eu vou te mostrar tudo no Japão. — Ele passou o braço pelo meu ombro, e lá fomos nós dois para uma lanchonete. — Está aqui visitando o país ou vai morar?

Sn: Vou morar aqui.

Terano: Glória! Agora vou ter uma companhia para fofocar no mesmo idioma que o meu.

??: Sai da minha frente.

Terano: Tá com pressa, passa por cima, Taiju.

Sn: Rapaz… outro muro? — Terano começou a rir, e o cara me olhou.

Taiju: Quem é você? Se está com o Terano, é alguma puta, certeza.

Dei um chute nele que o deixou na mesma altura que eu.

Sn: Puta é você.

Terano: Diva! Sou seu fã, Sn!

Hanma: Já quer entrar em outra gangue, Sn? E a nossa amizade? Não achou o uniforme bonito?

Quando ia responder, Terano me levantou, e eu só vi o punho de Taiju passando.

Hanma: Morde a canela deles, Sn! Bate! Isso, pisa nele! — Ver ele se movimentar era o auge para mim.


Beijos. Até o próximo capítulo ✨

Ryū no Densetsu. (A lenda do Dragão)Onde histórias criam vida. Descubra agora