Acordado

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No vazio interminável do espaço, a nave Decepticon, sob o comando do impiedoso Turmoil, avançava em sua patrulha de rotina. A vastidão ao redor estava marcada por uma quietude opressiva, interrompida apenas pelo zumbido mecânico dos motores e o ocasional brilho das estrelas distantes. Staxx, um dos pilotos da nave, observava atentamente os monitores de sua estação.

"Senhor, estou detectando uma nave desconhecida no setor de patrulha," Staxx relatou, sua voz carregada de preocupação. "A varredura revelou padrões de tecnologia Autobot."

Turmoil, que estava sentado em seu banco de comando com uma postura imponente, levantou a cabeça. Seus olhos se estreitaram com interesse e um toque de crueldade. "A nave Autobot fugitiva? A P-2221? Isso mesmo?"

Staxx confirmou com um aceno. "Sim, senhor. A mesma que fugiu de Cybertron com o Allspark. O que deveríamos fazer?"

"Prepare-se para atracar," ordenou Turmoil com uma frieza calculada. "Marque nossa posição e prepare-se para o impacto. Se essa nave esteve vagando por tanto tempo, é provável que não haja ninguém vivo a bordo. No entanto, não podemos deixar nada ao acaso."

Com um som metálico e pesado, a ponte de atracagem se estendeu e colidiu com a nave Autobot. O impacto foi brutal e violento, fazendo a nave estremecer violentamente. O som das peças se chocando e do metal retorcido ecoou através da estrutura, e o ambiente dentro da nave Autobot foi sacudido.

O estrondo da colisão projetou um dos corpos dos Autobots na ponte de comando contra o painel de controle. O impacto ativou os sistemas de segurança da nave com um alarme estridente e uma série de luzes piscando.

"Modo de segurança ativado. Restaurando energia," anunciou a IA da nave, Teletraan-2, com uma voz monótona e desprovida de emoção. As luzes de emergência piscavam, lançando sombras distorcidas e criando um cenário sinistro. Os geradores de reserva começaram a funcionar, mas a iluminação ainda era fraca, contribuindo para a sensação de desolação e iminente perigo.

"Ativando sistema de diagnóstico dos Autobots," a IA continuou, enquanto um drone começava a inspecionar os Autobots na ponte de comando. O drone se movia com uma precisão impessoal, detectando que todos estavam inanimados, exceto um: Jazz.

O drone iniciou o processo de reparo de Jazz, uma figura de herói caída e coberta de poeira. Seus sistemas estavam reanimando lentamente, e ele despertou com uma dor aguda, tossindo partículas de detritos enquanto tentava se ajustar à realidade.

"Teletraan, se você veio aqui para me dar boas notícias, saiba que minha definição de 'boa' mudou bastante," Jazz resmungou, sua voz carregada de cansaço e sarcasmo. "Ou, se possível, me traga um café. Ou qualquer coisa que me faça sentir mais vivo do que esta poeira."

"Tempo... indeterminado. Tripulação, um sobrevivente. Ammo, Beamer, Bluster, Chuffer, Flashpoint, Gizmo, Guard Cat, Ravenus, Roadmaster e Rubble, todos mortos," informou a IA com uma precisão impiedosa, a frieza das palavras contrastando com a gravidade da situação.

Jazz olhou ao redor, para seus colegas caídos em suas estações, e seu rosto se contorceu em uma expressão de dor e resignação. "Maravilha. A festa acabou antes de eu ter a chance de fazer uma entrada triunfal," ele comentou, forçando um sorriso enquanto lutava para se levantar com dificuldade.

Ele se dirigiu ao painel da nave, seu movimento lento e hesitante, e tentou ativar suas armas. Descobriu que a maioria estava inoperante, exceto seu grappling hook, que ainda pulsava com energon, uma fonte de esperança em meio à desolação.

"Bem, se a vida me deu limões, pelo menos me deixou um grappling hook," Jazz murmurou, tentando manter o bom humor enquanto analisava a situação. "Se isso não funcionar, pelo menos posso fazer um show de acrobacias antes do fim."

Transformers: The Last AutobotOnde histórias criam vida. Descubra agora