My Angel - (Gu-won e Minju)

Capítulo 7

" Eu Te Amo "

MINJU caminhava pelas ruas escuras da noite, cada passo pesado e incerto. O silêncio ao seu redor só era interrompido pelo som suave de suas próprias lágrimas caindo e o choro entrecortado que ela tentava, em vão, sufocar. Ela abraçava seus próprios braços, como se estivesse tentando se proteger do frio e da dor que a consumia por dentro.

O vento noturno cortava sua pele, mas o frio que ela sentia vinha de dentro, um gelo que parecia se espalhar pelo seu peito, congelando qualquer vestígio de esperança que ela ainda pudesse ter. Seu coração estava despedaçado, e as palavras de Gu-won ecoavam em sua mente como uma cruel melodia, repetindo-se sem parar.

- Por que... - ela murmurou para si mesma, sua voz trêmula e cheia de dor. - Por que ele fez isso comigo? Eu... eu pensei que ele me amava... -

Minju acreditava em cada palavra que Gu-won havia dito, em cada promessa de proteção e carinho. Era essa confiança que a havia feito se entregar a ele tão completamente, sem reservas, sem medo. Mas agora, essa mesma confiança era a causa de sua dor, uma dor tão profunda que parecia sufocá-la.

Ela parou por um momento, olhando para o céu noturno, as estrelas piscando de forma distante e indiferente à sua dor. Minju sentia como se todo o universo estivesse contra ela, como se tudo o que havia acontecido fosse um cruel jogo do destino.

- Se eu nunca tivesse caído naquele carro... - ela sussurrou, as lágrimas rolando livremente por seu rosto. - Será que nada disso teria acontecido? Será que eu estaria livre dessa dor? -

O peso das escolhas que fez a esmagava. Ela se perguntou, repetidas vezes, se tinha feito algo errado, se havia sido tola em acreditar no amor de Gu-won. O arrependimento queimava em seu peito, um fogo lento e doloroso que a fazia querer gritar, mas sua voz estava presa, sufocada pelo medo e pela tristeza.

- Por que dói tanto? - ela perguntou ao vazio, sua voz quase inaudível. - Por que... por que eu não consigo parar de sentir isso? -

Minju continuou a caminhar, seus passos mais lentos e pesados, como se cada passo exigisse um esforço monumental. Ela estava perdida, não apenas nas ruas desertas da cidade, mas dentro de si mesma. Sua mente girava em torno das mesmas perguntas, a mesma dor, a mesma angústia.

Ela queria encontrar uma maneira de parar a dor, de se libertar da tristeza que a sufocava, mas não sabia como. Tudo o que ela podia fazer era continuar caminhando, sozinha na escuridão, desejando desesperadamente que o tormento acabasse, mas sem saber se algum dia conseguiria encontrar a paz novamente.

Minju continuava a caminhar, as lágrimas ainda escorrendo por seu rosto, o som de seus passos ecoando fracamente pelas ruas desertas. Sua mente estava um caos, presa em uma espiral de dor e arrependimento. Ela estava tão absorta em seus próprios pensamentos que não percebeu a presença sombria que a seguia de perto, movendo-se silenciosamente nas sombras.