Capítulo 3 Dupla dinâmica

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Voltei com um capítulo que eu nem sei se faz sentido na minha cabeça só porque não quero deixar a história morrer. Perdoem, porque eu sei que não tá bom. Eu tenho uma linha que quero seguir que faz todo sentido na minha cabeça, mas não sei  se tô sabendo colocar pra fora. 

Enfim, talvez eu volte logo com algo melhor.

Me digam o que acham, pfvr

ah, @jauejau prometi que o cap ia ser pra vc (e só postei por sua causa), mas quando escrever um melhor, te dedico ele, ta bem? ent tá bem


Ainda sentindo-se profundamente irritada, condição que se agrava a cada segundo que passava por estar completamente perdida nos enormes e escuros corredores daquele castelo de horrores, Lauren avistou a uma garota sentada em um banco aveludado embaixo de uma enorme janela repleta de vitrais que davam uma coloração avermelhada àquele ponto do corredor. Aproximou-se a passos lentos, decidindo engolir seu orgulho ferido e irritação, para pedir ajuda. A menina a sua frente parecia ser alta, e Lauren podia perceber isso mesmo que a garoto estivesse sentada, tinha a pele negra e traços finos marcantes extremamente bonitos. Quem sabe a sua sorte não comece a mudar agora, Lauren? Pensou consigo mesma.

- Com licença, oi – Lauren sorriu de lado pra menina que levantava lentamente os olhos pra ela, analisando-a dos pés à cabeça. – Eu sou nova aqui...

- Deu pra perceber, fantasminha, eu me lembraria se já tivesse visto seu rosto por aqui – ok, bom começo, sorriu com um pouco mais de vontade pra garota.

- Eu estou meio perdida, na verdade, e acabei de esbarrar com uma insuportável que me sujou inteira. Você saberia me dizer pra onde devo ir?

- Olha, a primeira coisa que você deveria ter feito é se juntar a "cerimônia" de boas-vindas – ela disse fazendo aspas com as mãos – parece mais uma iniciação numa seita qualquer. De toda forma, vem comigo, vou te levar ao meu quarto, você se troca e depois te levo até a sr. Estrabao.

Lauren seguiu a menina, ainda confusa sobre o que sentia com essa interação.

[...]

Camila estava embasbacada. Ela não podia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Quem aquela garota pensava que era? Camila não era uma pessoa explosiva, era mais o tipo engraçadinha que fazia piada de tudo, tagarela e animada, por isso o fato daquela desconhecida ter conseguido fazê-la se irritar tão profundamente a estava incomodando mais do que deveria.

Calma, Camila, você só está com os nervos à flor da pele por tudo que tem acontecido nos últimos dias. Dinah precisa chegar aqui logo. Preciso da minha melhor amiga.

Então, se dirigiu até a sala de computadores, a fim de mandar uma mensagem para a amiga. Celulares eram proibidos no reformatório, como já era de se esperar, não que Camila respeitasse essa regra em específico, mas ela não podia dar bandeira no meio dos corredores, afinal, todo mundo ali conhecia a filha dos diretores, recebia alguns olhares atravessados por isso, na mesma proporção com que recebia olhares bajuladores. Camila detestava tudo aquilo e não via a hora de ir embora logo.

- Camila! – ouviu alguém chamando por ela e logo reconheceu a voz de Allyson, o que imediatamente fez com que ela quisesse revirar os olhos. Ally não era má pessoa, mas Camila não sabia dizer se podia confiar na garota, se ela realmente gostava dela ou se era só mais uma bajuladora, mas, nesse momento, qualquer rosto minimamente amigável era bem-vindo.

- Ah, oi, Ally! Não vi você chegando. Eu estava indo pros computadores.

- Tudo bem, eu só ia dizer que está tudo certo pra sua comemoraçãozinha secreta – disse ela estranhamente animada e receosa.

- Shiuu! Ninguém pode te ouvir, maluca, as paredes aqui tem ouvidos grandes e línguas ainda maiores. – repreendeu Camila, se arrependendo logo em seguida ao reparar que baixinha na sua frente murchara como uma flor que não era regada a dias. – Desculpa, Ally, obrigada por tudo que tem feito por mim, mas você consegue ser mais afobada que eu e eu nem sabia que isso era possível. – retratou-se Camila, ficando feliz ao ver a garota voltando a brilhar.

- Eu sei, eu sei! Desculpa, Camilinha, mas é que qualquer sinal de novidade nesse lugar horrendo me deixa muuuuito animada. Eu não aguento mais essa mesmice, acho que vou morrer de tédio a qualquer momento, juro. Ér, Cams, a sua amiga, a Dinah, chega quando? Ela tinha prometido trazer uns livros escondido pra me emprestar, daqueles que são proibidos na biblioteca.

- Eu estava indo justamente escrever para ela, vamos?

Escrever para Dinah sempre a deixava com um sentimento nostálgico que quase doía, a lembrava de quando a vida era perfeita e ela estudava em uma escola normal, ter sido arrancada disso à força nos seus últimos anos do Ensino Médio, para Camila, tinha um certo requinte de crueldade (e sim, ela sabia que era dramática). Mas tudo bem, Dinah chegaria em poucos dias, e ficaria hospedada em seu quarto, o que seria uma despedida perfeita antes que tudo aquilo acabasse.

Camila foi arrancada de seu devaneio ao avistar ao longe Normani se aproximando com aquela garota chata de mais cedo. Considerou dar meia volta, mas decidiu que não devia nada a ninguém, muito menos àquela dupla dinâmica.

- Só podia ser – disse empregando na voz seu melhor tom de desprezo e sarcasmo – mas é claro que você só podia ser amiga dessa mal amada.

- E aí, furacãozinho, queria poder dizer que é bom te ver de novo, mas eu não quero – respondeu Lauren também com seu melhor tom de desprezo.

- Pera aí, ela é a garota que te atropelou mais cedo?

- Eu não atropelei ningu...

- Ai, Camila, circula, tá? – Normani respondeu, dizendo a mesma coisa que Camila tinha dito a ela algumas horas atrás – Não tô a fim de discutir com você, tenho coisa mais importante a fazer, caso não tenha reparado – apontando pra Lauren.

Camila se contentou em observar as duas se afastarem, se sentindo ainda mais irritada do que estava no primeiro encontro com a garota que agora sabia ser amiga de Normani, mas que ainda não sabia o nome, o que fazia crescer nela uma curiosidade sem sentido.

Under  My Skin (Sob a minha pele) #camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora