𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝗍𝗁𝗋𝖾𝖾

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Ana Luiza Medina, (Paris, França

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Ana Luiza Medina, (Paris, França.)
[🧜‍♀️]. point of the view !¡

HOJE è o nosso último dia aqui em Paris

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HOJE è o nosso último dia aqui em Paris. Ontem a gente fez um monte de coisas e hoje de noite nos vamos pegar o avião para ir pra casa. Eu estou com saudades de casa. Saudade da vovó, da tia Soph, do tio Fê.

— Bom dia, preguicinha. — Meu pai disse, assim que eu abri os meus olhos e vi ele mexendo em seu celular.

Me espreguiço, sentindo os meus olhos ainda pesados. Eu estou cansada. Poderia dormir o dia todo.

— Sono. — Resmungo, deitando de barriga para baixo e ouço papai estalar a língua e suas mãos me puxando. — Pai. — Choramingo ao ser tirada das cobertas.

— Hora de acordar, magrela. — Eu deitei em seu colo e ele me deu um leve tapinha no bumbum. — Bora, bora! Não quer comer? Tem o café da manhã ainda, pô! — Abri os meus olhos.

— Ok, tudo bem. — Me sento em seu colo e passo as mãos pelo rosto. — Estou com fome. — Coloco as mãos na barriga.

— Esfomeada. Mas somos dois. — Ele disse e me colocou no chão, se levantando em seguida. — Vai se trocar. Vou ver se seu vô já acordou. — Falou e saiu do quarto.

Vou até a minha mala colorida e abro. Pego uma legging cinza lisa e uma blusa da Gap azul com a escrita rosa e cinza. Me visto e vou até o banheiro, começando a arrumar o meu cabelo. Eu já tenho 12 anos, faço sozinha.

As vezes tenho preguiça e peço para alguém, mas hoje eu só penteei e fiz uma trança de lado mesmo. Calcei o meu all star preto e abri a porta para sair, depois de pegar o meu elefante de pelúcia e a fralda rosa que tem o meu nome.

Vejo papai e meu avô na sala e os dois me olham, assim que chego.

— Já acordou? Que milagre! — Meu vô disse, ajeitando seu boné preto na cabeça e eu ri.

— Estou com fome! — Falo e os dois riem. Meu pai vem até mim, beijando a minha cabeça e olha para Theo e minha fraldinha em minhas mãos.

— Vai sair com eles? A hora de dormir já acabou, baixinha. — Meu pai falou e eu suspirei e beijei a cabeça de Theo, antes de entregar os dois para o meu pai. — Mais tarde você pega! — Garantiu e saiu.

Meu pai se trocou e só então, saímos. Os lugares era perto. Aliás, não podíamos ir para qualquer lugar com o meu pai, por regras das Olimpíadas.

Paramos em um restaurante e sentamos na mesa. Eu comi um bolinho e suco. Estava muito gostoso. Meu pai me acostumou a beber leite com chocolate todas as manhãs, mas aqui não tem, então eu tomo suco mesmo.

— A gente vai ver a Tati ou as meninas hoje? — Pergunto para papai e tomo um gole do suco de laranja.

— Acho que hoje não, filha. Temos que arrumar tudo e dar a entrevista final. Talvez você veja só a Tati hoje. — Ele falou e eu só assenti e mordi o meu bolinho. — Saudade de casa? — Ele me olhou e eu sorri.

— Muita! Quero entregar o chaveiro que eu comprei pra vovó e pra tia Soph! — Falo animada e ele sorriu.

— Comprou presente para elas e não para o seu pai? Eu não acredito, Ana Luiza! — Papai disse indignado e eu sorri para ele.

— Pai, você já tem eu como presente, não está bom? — Sorrio e ele me olha desacreditado e depois ri, negando com a cabeça.

— So você para soltar umas pérolas dessa. — Ele riu e eu ri também.

Terminamos de comer e fomos para a entrevista que meu pai iria dar. Eu consegui ver a Tati e a mãe dela, e o tio Felipe. Os três deram entrevistas juntos e com mais alguns surfistas. Eu adorava ouvir eles falarem sobre o esporte. Aliás, eu aprendi a gostar do Surf com o meu pai. Ele è o melhor do mundo.

Eu estava entediada na cadeira na lateral do "palco". Vovô estava ao meu lado, ouvindo tudo com atenção. Eu poderia dormir facilmente ali. Meu celular estava no nosso quarto, então eu estava sem fazer nada.

Eles ficaram um tempo falando em inglês, mas eu entendia. Meu pai disse que seria importante eu ser fluente na nossa língua natal e em inglês, afinal ela è muito usada.

— Medina, você não trouxe apenas o seu pai, certo? Vimos o seu post em seu Instagram, fazendo uma homenagem a sua filha. Podemos ver ela? — Um homem perguntou e eu arregalei os meus olhos.

A vergonha me atingiu e eu parei atrás do meu avô. Tinha diversas câmeras, microfones e pessoas. Eu estou morrendo de vergonha.

— Podem pô. — Ouço papai falar e sinto duas mãos em meus ombros. — Vem cá, filha. — Chamou.

— Vai lá, querida. Estão te esperando. — Vovô Charles falou, me guiando até as três escadinhas que tinham para subir no palco.

Eu fazia força para não andar, mas ele me empurrava até lá e eu negava com a cabeça.

— Eu tenho vergonha, vô... — Sussurro e ele apenas sorri, me erguendo e pondo ali em cima.

Suspiro fundo e me viro, sorrindo envergonhada para todas aquelas pessoas e vejo Tati e Felipe sorrindo para mim. Eles são legais. Passo por eles, batendo na mão de cada um e chego em meu pai.

Ele sorriu para mim e me puxou para perto, me ergueu e me deixou sentada em seu colo. Eu já estava mais tranquila. Relaxei ao chegar nele e agora eu estava melhor.

— Nalu è a minha parceirinha. A pessoa que eu mais amo no mundo e eu não podia deixar de trazer ela. Afinal, è ela que me dá sorte sempre. Meu amuleto. — Meu pai disse e eu me apoiei em seu peito, sorrindo e ganhando um beijo.

— Pretende levar ela para o mundo do surf também? — Perguntaram e meu pai sorriu de forma boba e me olhou antes de falar.

— Assim... ela sempre diz que quer ser igual a minha quando crescer, então provavelmente teremos outra surfista Medina por aí. — Papai disse e eu assenti.

E era verdade. Eu quero ser igual o meu pai quando eu crescer mais.

 Eu quero ser igual o meu pai quando eu crescer mais

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𝗟𝗶𝘁𝘁𝗹𝗲 𝗺𝗲𝗱𝗶𝗻𝗮 • 𝘨. 𝘮𝘦𝘥𝘪𝘯𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora