Olá a todos e bem-vindos à minha nova história do MewGulf. Serei muito breve com o motivo da minha longa ausência do Wattpad. Passei por uma tragédia, que me levou a pensar que realmente não queria mais escrever. Mas aos poucos fui superando isso. O que aconteceu, foi que perdi as mais de vinte e cinco histórias, dos rapazes, que tinha escrito, incluindo aquela que ia publicar, que claro não era esta. Todos eles foram excluídos misteriosamente do meu USB. Não tenho ideia de como isso aconteceu, mas de qualquer forma, não quero mais pensar nisso.
Agora deixo vocês com a introdução de "Amor Forçado", espero que gostem e acompanhem até o fim.
Amor Forçado Por: Adriana Jongcheveevat Traduzido por: NarakMG
Introdução:
A vida não foi fácil no distante ano de 1880. A era vitoriana, como seria chamada no futuro devido ao extenso reinado da rainha Vitória, estava passando por uma série de mudanças culturais, políticas, econômicas, industriais e científicas que, inicialmente, não tinham sido fáceis de digerir. As pessoas, como é normal, temiam as mudanças porque os resultados que poderiam obter eram incertos.
No início da época, o Reino Unido era apenas uma enorme extensão territorial, dedicada principalmente ao trabalho agrícola. No entanto, no ano de 1880, o país era altamente industrializado e grande parte do seu território, estava ligado por uma rede ferroviária que ano após ano continuou a expandir-se.
Mas mesmo com todas estas mudanças extraordinárias, apresentando-se como uma alternativa altamente favorável para uma vida melhor, as classes sociais continuaram a existir, constituindo assim uma ênfase marcante, onde os mais sortudos na fracionada sociedade inglesa, eram as famílias com sobrenomes antigos e com grandes somas de dinheiro. Dinheiro que apenas sustentava seu status social ostentoso.
Ter um bom sobrenome, era sinônimo de pertencer a uma família distinta e respeitada. Um bom sobrenome, distinguia uma pessoa do resto da sociedade. Um bom sobrenome, atribui valor monetário à pessoa. Porém, muitas vezes, no ambiente familiar exclusivo, verdades humilhantes eram o pão de cada dia.
- A única coisa boa que seu pai nos deixou, foi nosso respeitável sobrenome Gulf - a voz exaltada de Margaret Kanawut foi ouvida por todo o quarto do filho - entenda que você é o único disponível, para se casar com o apreciável e distinto Sr. Suppasit.
- Christine seria a mais adequada, ela sonha sim em se casar - Gulf respondeu com raiva, ele se recusava a acreditar que eles estavam naquela situação miserável.
- Sua irmã tem apenas oito anos, Gulf, você não pode ser tão insensível - criticou a mãe - seu irmão mais velho já é casado e tem família própria para sustentar, ele não pode nos ajudar tanto quanto gostaria, além disso, Sr. Suppasit e você, mesmo sendo homens, não são mais desaprovados, percorremos um longo caminho como sociedade.
- Nada é desaprovado apenas quando convém às famílias - Gulf cruzou os braços, olhando desafiadoramente para a mãe - porém, os menos afortunados não podem ter esse tipo de relacionamento, certo mãe?
Irritada, Margaret deu um tapa no filho. Ela sabia perfeitamente, que o fato de ter escolhido um homem com quem se casar, não era problema para Gulf. Seu segundo filho tinha gosto por homens, só que infelizmente percebeu quem não deveria ser. Gulf Kanawut estava apaixonado por um homem miserável e pobre, de classe baixa, que se dedicava à limpeza de currais de vacas e que também, havia sido adotado pelos proprietários da fazenda, onde trabalhava. Era evidente, que ela não permitiria que seu filho, se envolvesse com aquele cara, que não poderia lhe oferecer nada além de dificuldades e infortúnios.
- Nada pode acontecer entre você e William. Você entende Gulf? – Margaret avisou – amanhã à noite o Sr. Suppasit virá ao seu encontro e você deverá ser agradável e grato – informou a mulher.
- Grato por quê? – perguntou o jovem com evidente aborrecimento.
- O senhor Suppasit, conhece muito bem a nossa situação precária e mesmo assim, está disposto a se casar com você da mesma forma - respondeu sua mãe - ele também pretende ajudar a sua irmã e a mim, e claro, tudo o que você quiser terá à sua disposição - Os olhos de Margaret brilharam com aquela situação.
-E se aquele Sr. Suppasit é tão esplêndido, por que você não se casa com ele? – O temperamento imprudente e rebelde de Gulf não diminuiu, apesar de ter recebido um golpe da mãe.
- Faz apenas alguns meses desde a morte do seu pai. Como você acha que as pessoas verão meu casamento com outro homem? – a indignação podia ser ouvida na voz da mulher.
Gulf cerrou a mandíbula. Sua mãe estava certa quando disse que, como sociedade, eles percorreram um longo caminho, porém, foi apenas em coisas que realmente representassem um benefício. Deixar para ele a responsabilidade de salvar a família Kanawut e, ainda por cima, sustentar sua família, foi um pacote muito grande. Ele nem conhecia o maldito Sr. Suppasit! Ele só tinha ouvido seu sobrenome, muitas vezes do pai e sabia que já tinha mais de trinta anos, pelo amor de Deus! Ele mal tinha completado vinte anos, não era justo entregá-lo a um homem que ele nunca tinha visto na vida.
- Isso não é justo - disse Gulf, mais decepcionado do que zangado - não quero me casar, com um homem muitos anos mais velho que eu e que não conheço.
- A vida não é justa Gulf - indicou sua mãe, aproximando-se dele - Eu também não queria me casar com seu pai, mas depois posso garantir que éramos muito felizes juntos, ele também era bem mais velho que eu, quando nos casamos ele tinha trinta e oito anos e eu dezesseis.
- E você quer fazer comigo a mesma coisa que seu pai fez com você? – o jovem não queria ceder, não queria aquele casamento, preferia ser pobre e ficar, mesmo que secretamente, com William para o resto da vida.
- Você vai fazer isso, porque eu sei que você não vai abandonar a família e porque eu sei, que você amava demais o seu pai para permitir que o sobrenome que ele nos deu, fosse envolvido na miséria – sussurrou a mulher.
Gulf suavizou. Sua mãe tinha razão, sua família era muito importante para ele e ele adorava seu pai como ninguém no mundo, não iria querer de forma alguma que seu pai, do céu, se decepcionasse com ele. Mas a vida era dele, e ele não queria se condenar a viver ao lado de um homem, que claramente não amava e que nunca amaria.
- Você está me condenando a uma vida infeliz, mãe, espero que isso a faça feliz - Gulf baixou os braços, desistindo. Margaret se aproximou, pegou o rosto do filho entre as mãos e beijou sua testa.
- Agora você pode ver isso como a pior coisa, que pode acontecer com você na sua vida, Gulf, mas posso te garantir que não será assim, você ficará muito feliz e eu poderei morrer em paz.
CONTINUARÁ...
Aqui está um pequeno fragmento do que será esta história, espero que tenha sido bom o suficiente para você querer saber como se desenvolverá esse "Amor Forçado".
Até o próximo capítulo.
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Amor Forçado
FanfictionOs planos de Margaret Kanawut eram casar seu segundo filho com Mew Suppasit, um magnata do aço de Manchester, que era tão bom quanto rico. Mas não contava com o fato de o seu filho Gulf, rejeitar o milionário mais cobiçado de Londres e, que essa rej...