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Capítulo 6

Mew lhe contou alguns acontecimentos vergonhosos, que aconteceram em sua vida e o mais novo riu com diversão genuína. Mew pensou que talvez seus funcionários pudessem ouvi-los, mas isso não impediu Gulf de rir livremente. Ele sentiu que era isso que o menino precisava, para se sentir um pouco melhor.

O homem mais velho sabia perfeitamente que Gulf havia mentido para ele, quando lhe disse que tinha pesadelos, porque quando chegou ao quarto percebeu que não estava dormindo. Mas ele não queria mencionar nada, se Gulf quisesse compartilhar algo com ele, ele queria que fosse porque queria, não porque se sentisse pressionado ou em dívida pela ajuda que estava lhe dando. Ele não iria pressioná-lo para lhe contar nada, ele iria deixá-lo com o tempo, se Gulf passasse a confiar nele, contaria a verdade.

Foi quando parou de ouvir as risadas de Gulf, que percebeu que o menino, finalmente, havia caído no mundo de Morfeu. O mais novo parecia adorável dormindo, segurando o cobertor com as duas mãos, talvez como um reflexo de se sentir seguro. Ele sorriu para a imagem inocente e saiu da cama com cuidado. Ele se certificou de que Gulf estava bem e saiu do quarto do menino para descansar no seu. Ele estava morrendo de sono, mas estava feliz por poder fazer seu querido convidado se sentir melhor.

***

Na manhã seguinte, ainda com sono, Gulf levantou-se cedo e vestiu-se para ir até a cozinha, ajudar Thomas a preparar o café da manhã. Na casa grande, Mew, todos os seus empregados e ele comiam. Embora de vez em quando, Liam chegasse cedo e tomasse café da manhã com eles e depois se trancasse no escritório de Mew, para conversar sobre negócios.

- Bom dia Thomas - disse Gulf ao entrar na cozinha procurando o avental que Eleanor havia lhe dado.

- Bom dia jovem Gulf – cumprimentou o cozinheiro – Vejo que agora você acordou com um semblante diferente, você parece melhor que outros dias, se assim posso dizer.

- De verdade? – perguntou o mais novo com um sorriso.

- Acho que sim – afirmou o mais velho – Os pesadelos desapareceram? – perguntou o mais velho, porque Gulf também mentiu para ele dizendo que costumava ter pesadelos à noite.

- Tive um pesadelo ontem à noite, mas o Sr. Suppasit me fez companhia por um tempo e consegui dormir melhor - confessou o menor.

- O Sr. Suppasit lhe contou uma história para dormir? – Thomas tentou brincar com o mais novo e Gulf se sentiu assim, então ele apenas sorriu e começou a pôr a mesa, com aquele sorriso adornando seu rosto – algo assim, foi uma história muito... agradável.

- Acho que sim, o senhor Suppasit é muito culto e gosta de ler à tarde, depois do lanche. Você sabe ler, jovem Gulf?

- Sei ler, mas leio muito pouco - disse o mais novo - minha mãe preferia que eu tivesse aulas de piano e violino em vez de me trancar nos livros.

- Você deveria tocar alguma coisa algum dia - comentou Thomas enquanto mexia a comida que estava fervendo.

- Você acha que o Sr. Suppasit vai permitir que eu toque seu piano? – Gulf não gostou da ideia, mas ficou um pouco envergonhado de perguntar a Mew.

- Você pode fazer isso se quiser, não precisa me pedir permissão - a voz de Mew assustou Gulf, que não o tinha visto vindo em direção à cozinha e também não o ouviu descer as escadas

- Bom dia - cumprimentou o mais velho.

- Bom dia Sr. Suppasit – Thomas e Gulf responderam ao mesmo tempo.

- No dia que quiser você pode entrar na sala de música e tocar o piano Gulf – Mew falou novamente.

- Agradeço muito, depois de ajudar o Louis com o jardim, vou tocar alguma coisa - afirmou o mais novo sem tirar o sorriso do rosto.

Amor ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora