Dois dias depois:
As pessoas costumam dizer que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Mas porque diabos esse caiu?
O dia amanheceu chuvoso, apesar de eu não gostar muito de chuva, o dia estava realmente lindo e refrescante, mas posso dizer que já o comecei com o pé esquerdo.
Decidi deixar aquele entediante livrinho de lado e respirar um pouco de ar puro, ao redor da cabana, não queria ir muito longe para não ter a má sorte de encontrar aquele pervertido outra vez.
Saí e andei um pouco pela estrada no meio do bosque, que levava até a estrada principal, aspirando o maravilhoso ar puro e a bela vista daquele lugar, tudo estava indo perfeitamente bem até eu ter a má sorte de escorregar e cair bem em cima de uma poça de lama.
— Ah! Merda! Era só o que me faltava...
Tento me levantar, mas uma pontada forte no meu pé esquerdo me impede de continuar e acabo caindo miseravelmente no chão outra vez.
— Ah... Eu não posso acreditar que torci meu pé com tampouco...
Coloco a parte de trás da minha mão direita no rosto e solto um longo suspiro de frustração. Tento levantar mais algumas vezes, mas as tentativas acabaram da mesma forma que a primeira. Depois de varias tentativas falhas, finalmente consigo ficar de pé. Me viro e olho na direção da cabana e logo depois para o meu tornozelo, que já estava inchando o bastante para deixar a minha doce caminhada de volta para casa mais dolorosa.
— Acho que eu não deveria ter me afastado tanto...
Solto outro suspiro antes de mover o pé machucado e colocar metade do meu peso nele, para poder movimentar o outro. Sinto uma pontada de dor, mas nada que possa me matar.
— Hum... Acho que vai dá para chegar em casa, sem precisar implorar aos seus que me envie algum anjo para me ajudar.
Começo a me mover lentamente, movendo o pé esquerdo e colocando metade do meu peso nele, para poder mexer o outro, e assim eu continuei até chegar em casa.
Depois de uma caminhada dolorosa de trinta segundos, finalmente cheguei. Sem poder aguentar de dor, me sento devagar no piso do lado da frente da cabana e estico o meu pé dolorido, sentido novamente uma pontada de dor.
— Não deveria ter me sentado aqui, agora vai ser difícil para mim conseguir levantar e entrar...Ah... quando eu penso que as coisas estão indo bem, sempre acaba acontecendo algo assim. — Pelo menos não tem como as coisas piorarem.
Olho para o meu tornozelo, e solto outro suspiro pesando. Nesse momento escuto o barulho do motor de um carro. Levanto os meus olhos que estavam no meu tornozelo e os focam na estrada, onde consigo ver uma picape vermelha, vindo nessa direção, vejo que há duas pessoas dentro da picape, mas não consigo identificar seus rostos.
Meu coração acelera, aqui é um local privado, e apesar de não ter morado ninguém aqui por um longo tempo, as pessoas não costumam vir aqui por conta dos rumores.
O carro estaciona um pouco distante. Não demora muito até que uma das pessoas saia de dentro do carro, fico feliz ao reconhecer Arabelle.
— Agnes!
Ela fala meu nome, enquanto fecha a porta do carro
— Arabelle.
— Sei que acabamos de nos conhecer, mas realmente gostei de você e me lembrei que você tinha dito que estava morando aqui. Então decidi lhe fazer uma visita, espero não estar lhe incomodando.
Ela caminha até mim e para quando ficamos de frente uma para outra, ouço a porta do carro bater.
— Claro que não, estou feliz que tenha vindo. Continuo. Eu gostaria muito de me levantar e cumprimentá-la, mas o meu tornozelo não está nas melhores condições no momento.
Falo direcionando o meu olhar para o meu tornozelo, que ainda doía como o diabo.
— Oh meu... você está coberta de lama. O que aconteceu com você?
Ela pergunta surpresa por ter finalmente percebido o meu estado deplorável.
— Sai mais cedo para dar uma volta ao redor e acabei escorregando e sem querer machuquei o tornozelo.
— Oh... deve ter sido difícil voltar.
Arabelle, me dá um olhar de pena.
— Sim, foi realmente doloroso.
Lhe sou um simples sorriso sem graça.
— Estou me perguntando, com as roupas de quem, você estava fugindo agora?
Volto os meus olhos para o homem que estava um pouco mais atrás de Arabelle, o mesmo homem rude que eu havia jogado café, o mesmo pervertido do outro dia.
— VOCÊ!
VOCÊ ESTÁ LENDO
As Nossas Implicâncias
RomanceEla é uma Advogada, com um coração partido, Quatorze anos mais nova. Ele é um empresário viúvo, com dois filhos que têm praticamente a mesma idade que ela. Agnes Dempsey, foge para Hamilton Forest em greensboro. Depois de acidentalmente descobrir qu...