Capitulo 5

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Hunter estava em um sono profundo, mas sentiu que algo o puxava para um lugar diferente. O vazio escuro que o cercava começou a se transformar, revelando um campo vasto e iluminado, banhado pela suave luz do entardecer. O ambiente era acolhedor, com o céu em tons de rosa e dourado, e nuvens que pareciam pinceladas por aquarela suave no horizonte.

Abaixo de seus pés, estendia-se um vasto campo de flores. Havia uma infinidade de cores que se misturavam em perfeita harmonia: flores azuis, amarelas, rosas, e brancas, todas balançando gentilmente com a brisa suave que passava pelo campo. O perfume no ar era sutil e doce, trazendo uma sensação de paz que contrastava com a inquietude que Hunter sentia dentro de si.

No centro desse paraíso florido, uma figura surgiu, movendo-se suavemente entre as flores. Marta, a definificação da Morte, apareceu, mas sua presença, desta vez, não carregava a sombra que ela sempre tinha a companhia. Em vez disso, ela parecia parte do campo, como se fosse uma manifestação natural daquele ambiente. Seu manto era de um branco puro, e seu olhar, profundo e sereno, refletia a paz do lugar.

"Hunter," Marta chamou, sua voz suave como o sussurro do vento entre as flores. "Você está em um lugar de transição, um espaço onde o passado e o futuro se encontram, permitindo que você veja com clareza o que está em seu coração."

Hunter a olhou, sentindo uma mistura de calma e confusão. "Por que eu estou aqui, Marta? O melhor dizendo, por que você está aqui?"

"Estou aqui para te ajudar a encontrar o caminho que você busca, mas que teme seguir," respondeu Marta, sua voz tão serena quanto o ambiente ao redor. "Este campo é um reflexo do que você deseja profundamente: paz, amor, e uma nova oportunidade."

Marta sorriu, um sorriso de compreensão. "Você não precisa deixar nada para trás, Hunter. O amor que você tem por Hyunjin e a amizade que compartilha com Junghoon são parte de quem você é. Este lugar, esta realidade ordenada, é uma chance para todos vocês encontrarem um novo caminho, juntos."

Hunter se ajoelhou entre as flores, pegando uma delas e observando-a de perto. Ele sentiu um aperto no coração, mas também um alívio, como se as palavras de Marta estivessem fazendo a névoa de dúvidas que o envolvia desaparecer.

"Você está pedindo que eu confie... que eu acredite que algo bom ainda pode acontecer?," ele disse, sua voz cheia de emoção.

Marta com seu olhar firme e ao mesmo tempo cheio de ternura enfim diz "Sim, Hunter. Porque, às vezes, a única maneira de seguir em frente é confiar no que ainda não se pode ver, mas que o coração já sabe que é possível."

(...)

Entre Destinos e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora