Uma grande merda (Parte 1)

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– Senhor Tamura! Tomura Shigaraki! – Kurogiri dava tapinhas na cara do Shigaraki, que ainda continuava com a alma fora do corpo. – TOMURA SHIGARAKI! – Kurogiri começou a sacudir ele, tentando acordar o homem. 

– Deixa que eu resolvo. – Falei bem pleno, calmo, sereno; me aproximando de Dabi e Shigaraki desmaiados no chão. – E só bem calmo, e… – Dei um tapa estalado na cara dos dois. – Acorda, misera!

– Ai, filha da puta! – Dabi se sentou, massageando a marca vermelha de mão no seu rosto. 

– Hum… – Shigaraki se sentou. – Acordei! Tive um sonho mnuito lou-Ahhhh! – Shigaraki segurou a barriga, gemendo de dor. – Não era sonho! NÃO ERA SONHO!!

– Hahahaha! é, não era. – Ajudei Dabi a se levantar, já que ele parecia uma tartaruga encalhada. – Pega ele, Kurogiri. Melhor irmos naquele velhote o mais rápido possível. – Kurogiri pegou Shigaraki estilo noiva, enquanto Shigaraki não sabia se gritava, ria ou chorava, balançando as pernas. 

– Ah, não acredito que estou aumentando a linhagem do meu velho… – Dabi resmungou, no seu próprio mundo, tendo uma crise existencial. 

– É, parece que vou ter que resolver tudo. – Entreguei o cartão para Toga. – Você, compra algumas roupas simples para bebê recém-nascido. Leva Twice junto, ele vai adora escolher essa merda chata. 

– Sim, senhor corvinho! – Toga saiu saltitando animada, enquanto cantarolava sobre um bebê vilão, ou mascote dos vilões.

– Kurogiri! Portal. – Um portal se abriu, e eu peguei o pulso de Dabi. – Você vem junto. Se minhas contas estiverem certa, você pode ter esse bebê também a qualquer momento. – Empurrei Dabi para dentro do portal. 










[...]





– Haaaaa! Eu vou morrer! – Gritei alto, segurando minha barriga, com aquela coisa chutando no odio, querendo sair. – Vai ser igual aquelas cenas de alienigenas, com minha barriga sendo rasgada de dentro para foraaaaa! – Joguei a cabeça para trás, balançando minhas pernas. – HAAAA! – Atravessamos o portal, entrando naquele esconrejido fedido de produtos quimicos do velho esquisito da pracinha. – HAAAAAAA EU TO MORRENDO! 

– Que gritaria é essa? – O velhote apareceu, com Dabi e Chisaki apontando para mim. – Ah, bem que você disse, Kai. – O velho deu uma risadinha, esfregando uma mão na outra. 

– ISSO É CULPA SUA, NÉ SEU DISGRAÇADO!?!?! – Comecei a me debater. – Chega perto pra tu ver se não pulverizo essa tua cara de velho tarado! Kurogiri! 

– Hahahaha! Você dois vão morrer se continuar assim, Shigaraki. – Estremeci, com ele apontando para mim e minha barriga. 

– Oh… Mil caralhos! – Suspirei de dor. – Tira logo essa coisa de mim, AI EU TE MATO! 

– Claro, claro. – Uma veia apareceu na minha testa. Que velho mais arrombado. – Bote ele na maca, Kurogiri. Precisamos de uma cesariana de emergência. – Senti a maca gelada, com as luzes do teto passando, me deixando um pouco desorientado. Entramos em uma sala branca, com cheiro de álcool e totalmente esterilizada. A luz forte me cegava… Cadê minhas roupas? – Relaxa, vai ser só uma picadura. 

– Foi só uma picadura mesmo… Ai, caralho. – Resmunguei com a agualhada, não sentindo nada da minha cintura para baixo agora. Fiquei em silêncio, ouvindo o som das pinças e dos bisturis se batendo. Até que paralisei, ao ouvir um choro fino de bebê.

– Parabéns, Shigaraki. É um menino. – O velhote enrolou a coisinha ensanguentada no pano branco, trazendo para mim depois de cortar o cordão umbilical. Eu segurei a coisinha mole com os braços tremendo, vendo ela se mexendo como uma lombriga, chorando sem lágrimas. 

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⏰ Última atualização: Oct 03 ⏰

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