Capítulo 15 💄

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MELISSA BELMONTE 💄✨

Acordo sentindo um cheiro de bacon frito. Quando levanto, lembranças da noite passada me atingem em cheio.

Richard realmente saiu de madrugada apenas para comprar remédio pra mim, ou eu estava alucinando?

A porta se abre e Richard aparece sem camisa e um pano de prato no seu ombro.

— Eu vim te acordar. – se aproximou sorrindo

— Já acordei. – desvio o olhar pra não cair na tentação e sorrir de volta

Ficamos em um silêncio um pouco constrangedor até que Richard o quebra, mas sinto que ele vai voltar no assunto de ontem novamente

— Melissa...

Antes que ele terminasse de falar alguma coisa, eu o interrompo.

— Preparou alguma coisa para comermos? – ponha os pés para fora da cama me levanto num impulso só.

Me arrependo instantaneamente, pois no momento que me levanto uma tontura me atinge em cheio e eu caio novamente na cama.

— Melissa! – Richard corre até mim. — Você tá bem? Tá passando mal?

— Fiquei tonta de repente, minha pressão deve ter caído.

— Consegue levantar? Vamos tomar um café, a pressão deve ter caído por conta da fome. – segurou minha mão

— Tudo bem. – permito que ele me ajude e me guie até a cozinha.

— Prefere que eu coloque as coisas na varanda pra você respirar ar puro? – pergunta todo atencioso

— Por favor, eu agradeceria.

Então eu observo calada cada movimento que ele faz Levando o nosso café da manhã pra mesa da varanda. Enquanto ele faz isso volto ao meu quarto apenas para molhar o rosto. Me olha no reflexo do espelho e percebo o quão pálida estou, acho que minha TPM está começando a dar o ar da graça.

Volto para cozinha e ele já está levando a última coisa pra varanda que que é uma jarra de suco de maracujá, então eu o sigo e me sento.

Richard serve os dois copos com suco e coloca em meu prato um pão com bacon e ovo.

— Espero que goste, fiz com muito carinho. – fala sorrindo

— Da mesma forma que fiz ontem e você simplesmente não se importou? – falo demonstrando toda mágoa que ainda estou sentindo.

Ficamos em uma guerra de olhar onde o meu é de total mágoa, e o dele é de arrependimento. Eu venço a batalha quando ele desvia eu olhar para o prato e engole em seco.

— Olha, Melissa, eu realmente me arrependo muito pelo que fiz ontem. Eu não deveria ter te dispensado daquela forma, me desculpa por não ter ficado pra tomar café com você, tenho certeza que você preparou com todo carinho do mundo e eu agradeço muito por isso e peço perdão por não ter valorizado tal ato. Eu fui um filho da puta. – confessou

— Acho que sua mãe não merece ser xingada porque o filho dela é um escroto. – falo em um tom ácido e eu quase, eu disse quase, me arrependo de ter sido tão ríspida.

Mas a real é que, porra, nós realmente não tínhamos absolutamente nada então porque eu estou tão chateada? Porque eu me importo tanto? O que custa perdoar? A ficha realmente está caindo pra mim agora.

— Tudo bem, Richard. Eu te perdoo. Mas não voltaremos a ser como éramos antes. – digo e começo a comer sem encarar nos olhos dele para que eu não volte atrás na minha decisão.

— É um bom início. Posso me contentar apenas com perdão agora. – me lançou um sorriso discreto.

Então começamos a comer em silêncio apenas aproveitando a vista que possuo aqui do meu condomínio. 20 minutos passam voando até que Richard quebra novamente nosso silêncio

— Eu preciso ir embora agora. Vai ter reunião com o nosso elenco porque mais tarde tem jogo no Allianz e eu ainda preciso ir em casa tomar um banho.

— Pode tomar banho no meu banheiro se quiser

— Eu não tenho roupa pra trocar. – diz

— Tem uma camisa e um short seu no meu guarda-roupa. Acabei esquecendo de te devolver ontem.

Richard me olha de um jeito diferente e fico um pouco vermelha com o contato visual

— Certo, obrigado. Qualquer coisa grita meu nome, eu tô indo lá.

Milan um último olhar e vai pro meu quarto tomar banho.  Enquanto isso eu aguardo mais 20 minutos na varanda Até que ele aparece novamente todo bonito e perfumado. O perfume que ele usa é o meu, inclusive.

— Eu vou pedir um Uber. – diz

— Não precisa, eu vou só tomar um banho e te deixo lá. – falo me levantando

— Não precisa,  Melissa. Você ainda está se recuperando

— É o mínimo que eu posso fazer por você, Rios. – então novamente ele me lançar aquele mesmo olhar que me deixa corada.

Sem dizer mais uma palavra eu vou para o meu quarto tomar um banho investir uma roupa confortável somente para deixar ele no CT, já que eu não tenho trabalho hoje.

Eu me arrumo rapidamente e nós descemos para o estacionamento para pegar meu carro.

Antes que eu alcance a porta do motorista Richard toma a chave da minha mão e Sua mão direita na minha lombar me guiando para a porta do passageiro.

— O que está fazendo?

— Eu vou dirigindo até lá, você sabe como é estressante o trânsito de São Paulo e eu não quero que você piore desse mal estar. – abre a porta do passageiro para mim e me ajuda a me acomodar no banco colocando o cinto em mim.

Demoramos 30 minutos para chegar até o CT e eu não ousei abrir a boca pra falar nada em nenhum momento. Richard estaciona em uma vaga que tem escrito o nome dele e se vira pra mim Desligando o veículo.

— Obrigado por me perdoar. – segura minha mão. — eu vou te mandar no WhatsApp dois links de ingresso no camarote. Quero muito que você vá e use a camisa que te dei no dia que nos conhecemos.

— Eu vou pensar no seu caso. – respondo

— Certo. Sem pressão então. – então sai do carro e dá a volta no veículo para abrir a porta pra mim e me ajudar a descer do carro.

Ele novamente apoia sua mão na minha lombar e me guia até a porta do motorista.

— Vou torcer para que você vá para o jogo. – segura na minha nuca e me dá um beijo casto.

— Envia só 1 link. Piquerez provavelmente vai mandar um pra Camila. – falei e ele sorriu vitorioso.

Merda, sou uma burra mesmo. Só 1 selinho desse cara me desmontou inteira.

A Patricinha e o Jogador - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora