A Patricinha e o Jogador - Richard Rios

Capítulo 30 ⚽️

RICHARD RIOS ⚽️

Sento do seu lado da cama e toco em sua barriga. Agradeço aos céus por ela permitir.

— Eu sei que fui o pior de todos para você e que o que fiz contigo foi errado de muitas maneiras possíveis, mas... — passo minha mão em seu ventre — tem essas duas princesas que são nossas chegando, Melissa. Me dê a chance de fazer diferente por elas. De cuidar de vocês. Não só com dinheiro, mas dar atenção para você e as crianças.

— O que quer dizer?

— Sei que a minha presença te irrita, mas não poder te ver me deixa louco de preocupação. — Toco em seus cabelos macios. — O que você acha de mudar para o meu apartamento? Lá poderei cuidar de vocês três. Vou poder contratar uma enfermeira para te assistir quando não estiver em casa. Será o melhor para você e as crianças.

— Eu vou me mudar desse apartamento, Richard. Pode deixar que eu mesma contratarei alguém pra cuidar de mim se eu ver que é realmente necessário.

— Como assim se mudar desse apartamento? Pra onde você vai? – me desespero com a hipótese de não poder ver minhas filhas, e ela.

— Não se preocupe, Richard. Você é pai das minhas filhas, saberá onde eu vou morar. Tô pensando em alugar uma casa em algum condomínio. Não quero ficar dependendo de elevador com pessoas dentro só pra chegar no meu apartamento. Agora eu preciso pensar nas meninas, não só em mim

— Mel, eu posso comprar uma casa se você quiser, a gente pode morar junto e...

— Richard, não força a barra. A partir de hoje manteremos apenas a nossa relação de pais da Luiza e da Cecília. Morar com você é a última coisa que eu preciso no mundo – diz

— Melissa, me perdoa, por favor. – pela primeira vez eu peço perdão. — Você não imagina a raiva que eu tô sentindo de mim mesmo por ter feito isso com a mulher que eu amo, e...

— Você me ama?

— É claro que eu te amo. – acaricio seu rosto. — Eu só preciso que você me perdoe, que me dê um chance para que eu possa me redimir pelas coisas horríveis que falei pra você, pela forma que eu te tratei. Você, por favor, pode pensar com carinho? Se você não quiser morar comigo, não tem problema, eu compro a casa assim mesmo. Mas quando as princesas nascerem eu quero estar presente em cada segundo. Vou pedir para me ausentar dos jogos até que elas estejam com uns 3 meses, quero estar com você em cada madrugada para cuidar delas e, principalmente, cuidar de você. – digo olhando nos seus olhos.

— Eu vou pensar. Realmente estou muito magoada, não é fácil. Passei 4 meses sofrendo muito, Richard.

— Eu sei disso, princesa. Eu vou deixar você descansar agora, mas antes coma o que eu trouxe. Não pode ficar sem comer, as meninas precisam da mamãe delas forte. – beijo a sua testa e me despeço. — Eu te amo.

Quando saio do quarto o tal Maurício está na porta com os braços cruzados.

— Olha, cara... – começo falando mas ele se aproxima de mim

— Porra, Richard. Você não sabe a dificuldade que eu tive em fingir naquela hora que estava puto com você. – falou

Oi? Eu ouvi bem?

Mauricio deve ter percebido minha expressão de quem não está entendendo nada, então explica

— Eu entendo completamente a sua atitude. Uma mulher já chegou comigo fingindo que estava grávida. Eu acreditei e só me ferrei. Entendo o seu medo, e fico feliz de ver que agora você acredita nela  e se arrepende pelo que fez e falou. – disse. — Eu ouvi quando você falou que ama a Melissa. Fiquei muito feliz. E é por esse motivo que eu vou te ajudar a reconquistar ela. Não sei se você sabe, mas sou CEO da Farmacêutica da família, então não tenho muito tempo pra visitar ela, mas podemos nos comunicar por WhatsApp quando você quiser alguma ajuda.

— Eu não sei nem como te agradecer, cara. Se você quiser ir...

— Nem me chame pra assistir os porcos jogarem. Sou São Paulino, cunhado.

Então nós rimos.

— Certo, sem jogos então. – digo. — Vou vir visitar ela todos os dias de manhã antes do treino, e depois do treino também.

— Certo, boa sorte.

É tudo o que eu preciso. Sorte.