Doçura em seu olhar

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Oiê, tudo bem? 🖤
Passando apenas para avisar que esse capítulo é o passado e início de toda essa história.

É capaz do amor nascer de uma amizade

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É capaz do amor nascer de uma amizade. Na verdade, é algo até corriqueiro durante a vida das pessoas, enquanto vão amadurecendo e, em meio a erros e receios, vão se tornando mais aptas para de fato estar em um relacionamento amoroso com alguém. 

O problema é quando isso incomoda uma parte, parte essa que alimenta um sentimento doentio e unilateral. 

— Para de olhar para ele, Raquel. Ele nem é tão bonito assim. 

— Fica quieta, Daiana. 

O burburinho de algumas meninas acabaram chamando a atenção de um certo rapaz que estava na fila da biblioteca, esperando para entregar alguns livros e pegar outros para levar para sua casa a fim de estudar e também ler para se entreter. 

Mesmo tímido, ele fez questão de olhar para a menina em questão que tentou silenciar a outra. Era bonita e parecia até mesmo pura. O corpo bonito, os cabelos lisos na altura dos seios, a altura similar a dele. 

Foi estranho, mas Henrique sentiu algo quando a viu. Uma sensação de um novo começo, uma possibilidade de algo bom que poderia e iria sim a mudar a vida dele para sempre. A questão é que não era para algo totalmente bom. 

Quando chegou a sua vez, ele foi até na bibliotecária, entregou os seus livros, pegou os novos que levaria e foi embora. Não deu margem para que Raquel notasse que ela havia chamado a sua atenção. É normal que na faixa dos dezesseis anos, sejamos bem tímidos. Ele era esse rapaz, chegava a ser extremamente introvertido e tinha pouquíssimas amizades. 

Ficou longe da biblioteca e, quando Raquel passou com Daiane, Henrique voltou até a biblioteca com a desculpa de pegar um novo livro. Foi novamente até a funcionária dali e assinou o seu nome na lista de controle, podendo então ver o nome da garota que chamou a sua atenção imediatamente. 

Raquel Ávila Silva 

Ficou com o nome dela fresco em sua mente o dia todo, já que não a viu mais na escola onde estudavam. Quando chegou em casa, deu um beijo na mãe e um abraço no irmão caçula, ignorando o pai que estava lendo a Bíblia e não parecia nem um pouco de bom humor. 

Foi para o seu quarto e acessou o Facebook. Estava surpreso pela facilidade de conseguir encontrá-la ali, ainda mais com alguns amigos em comum. Mandou uma solicitação de amizade e esperou por algumas horas, mas como ela não aceitou tão rapidamente, ele foi cuidar de outras coisas  em sua casa. 

Ajudou a mãe com o jantar, leu os versículos que o seu pai pediu, foi estudar um pouco mais e após um banho relaxante, voltou para o seu computador, notando que agora sim Raquel havia aceitado a sua solicitação de amizade. Esboçou um sorriso tímido, porém, cheio de alegria. Henrique não entendia mesmo suas reações para algo tão banal com alguém que ele nem ao menos conhecia, mas estava mesmo feliz. 

Passou a pesquisar mais sobre a vida dela e ficou bem feliz com o que viu. Era uma garota como ele. Raquel tinha dezesseis e Henrique, dezessete. Ela gostava de ler e esportes, ele de desenho e videogame. Ela frequentava uma igreja próxima da dele e ambos moravam no mesmo bairro. Raquel tinha uma irmã caçula que ainda era bem pequena, que nem Henrique chegou a ter, no entanto, ele faleceu ainda bebê. Ainda sim, uma pequena coincidência.  

Eram tantas semelhanças que ele se viu criando algo apenas em sua cabeça. De qualquer forma, nada ainda era concreto e Henrique decidiu dar mais um passo adiante. Com ela aceitando o seu pedido de amizade, ele logo enviou uma mensagem, tendo retorno poucos segundos depois. 

Não sabia assimilar o que sentia, mas tinha noção de que era algo bom e que o faria bem para o resto de sua vida. Sim, ele queria Raquel por perto para sempre. 

 

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