Raquel e Henrique são amigos de longa data que dividem sentimentos bons entre si. Entretanto, tal sentimento passa a mudar e a ganhar proporções catastróficas à medida que vão crescendo e se afastando um do outro.
Ô gente, não sou conivente com o que está acontecendo nesse capítulo, não, tá? Obrigada e de nada. 💀
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A dor de perder algo extremamente importante, pode afetar drasticamente a saúde mental de um indivíduo. É normal que a pessoa em questão possa se isolar, viver deprimida e se tornar completamente hostil. Fora a falta de atenção durante uma aula.
— Henrique? Ei, está bem?
O loiro estava tão distante que nem percebeu que a aula tinha acabado e seus colegas de classe já haviam ido embora. Restando apenas ele e Rebeca ali, a sós. Ela pelo menos amou tal incidente.
— Oi.
O tom seco não desanimou aquela jovem mulher. Estava tão instigada com o jeito sério, rígido e reservado de Henrique, que passava longas horas tendo pensamento sujos com ele. Aos seus olhos, Henrique era perfeito. Alto, moderadamente forte, os olhos claros e os cabelos lisos e loiros que caiam bem sobre a sua testa. Fora aquela boca. Queria tanto beijar ele.
— Você não prestou atenção na aula, né? — Perguntou prepotente, rindo fraco enquanto o via guardar seus materiais com violência. — Você está bravo. O que aconteceu?
— Não é do seu interesse, por favor — ficou de pé e pegou a sua mochila, querendo passar por ela para ir embora o quanto antes, mas Rebeca tinha outros planos e não saiu da frente dele. — Rebeca, é sério.
— Sério, você é tão incrível, por que não me dá uma chance? — Ergueu a cabeça, já que era bem baixa perto dele.
— Não tenho amor por você.
— Mas não é preciso amar para que duas pessoas possam ter algo, Henrique — sem a permissão dele, tocou em sua cintura com as duas mãos, subindo uma até o peitoral dele. Henrique oscilou, pensando no quão errado a atitude dela era, fora o que Raquel iria pensar dele quando soubesse. — É apenas diversão. Você está tão tenso e eu posso ajudar.
— Não, não pode.
— Sim, eu posso sim — sorriu abertamente, adorando a textura do corpo dele em suas mãos, mesmo que Henrique ainda estivesse usando uma camisa. — Deixa eu cuidar de você.
Instinto. Henrique não estava querendo pensar demais em tudo, mas quando lembrava que Raquel estava sendo tocada por Johnny e que consequentemente saberia mais coisas do que ele, isso o deixava com raiva e frustração.
Não era uma competição, mas na cabeça dele, se tornou.
Não era previsto para Henrique gostar do toque de Rebeca, mas aconteceu. E ele se perguntou quando tudo perdeu o controle. Talvez quando ela o puxou pela camisa e o beijou, quando mordeu os seus lábios e gemeu alto por ele não conseguir replicar tão bem os movimentos que a boca dela fazia contra a sua, ou obviamente quando Rebeca se abaixou, desabotoando a calça dele com pressa, como se a sua vida dependesse disso.
