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Dias depois...

Jungkook estava na sala, relaxado após um longo dia de trabalho. O ambiente estava silencioso, com apenas o som suave da respiração de Jimin, que descansava no quarto ao lado, quebrando a tranquilidade. Ele se permitiu um raro momento de descanso, mas esse breve intervalo foi interrompido pelo toque insistente de seu telefone. Ao ver o nome de Yoongi na tela, ele rapidamente atendeu, a expressão séria tomando conta de seu rosto.

— Yoongi, o que aconteceu? — perguntou Jungkook, já pressentindo que algo importante estava por vir.

Do outro lado da linha, a voz de Yoongi estava tensa, mas controlada.

— Jungkook, preciso que você venha à delegacia agora mesmo. Recebemos algumas fotos tiradas pelos meus fotógrafos, e elas incluem provas contundentes contra uma pessoa que estamos investigando. É urgente.

Jungkook imediatamente ficou em alerta, levantando-se da poltrona.

— Estou a caminho. — respondeu com firmeza, já se dirigindo para pegar suas chaves e casaco. Ele sabia que, quando Yoongi ligava com essa urgência, o assunto era grave.

— E, Jungkook, não se esqueça de avisar a Lalisa sobre isso. Ela precisa estar ciente e preparada para qualquer coisa que possa surgir. — acrescentou Yoongi, sua voz carregando uma nota de seriedade que Jungkook não podia ignorar.

— Vou avisá-la. — Jungkook confirmou, encerrando a chamada. Ele deu uma última olhada ao redor da sala, certificando-se de que tudo estava em ordem antes de sair. Enquanto caminhava em direção à porta, seu coração acelerava, não apenas pela adrenalina do dever, mas também pela preocupação com o que aquelas fotos e provas poderiam revelar.

...

No corredor, ele encontrou Haerin, sua filha, que o esperava com seus olhos curiosos e sonolentos. A menina segurava seu ursinho de pelúcia, claramente lutando contra o sono enquanto olhava para o pai.

— Papai, onde você vai? — perguntou Haerin com a voz suave e um toque de tristeza, percebendo que Jungkook estava se preparando para sair.

Jungkook se agachou na frente dela, sorrindo com carinho enquanto alisava os cabelos macios de Haerin.

— Papai precisa ir trabalhar, meu amor. — respondeu com um tom gentil, tentando não deixar transparecer a urgência da situação.

Haerin fez um biquinho triste, os olhos brilhando com a leve decepção de uma criança que não queria ver o pai partir. Jungkook, sentindo o aperto no coração, não resistiu em pegá-la no colo. Ele a abraçou com firmeza, mas com a suavidade que só um pai podia ter, tentando transmitir todo o amor e segurança que ela precisava.

— Eu prometo que vou voltar o mais rápido possível, tá bom? — sussurrou ele em seu ouvido, acariciando suas costas. — E quando eu voltar, a gente pode brincar juntos, o que você acha?

Haerin assentiu, encostando a cabeça no ombro de Jungkook. Apesar de ainda estar triste, ela confiava nas palavras do pai. Ele a colocou de volta no chão, dando-lhe um beijo na testa antes de se afastar.

— Agora volta a brincar, meu anjo. O papai te ama. — disse ele, dando um último sorriso reconfortante antes de seguir em direção à porta. Ele sabia que, mesmo com seu dever chamando, sua família sempre viria em primeiro lugar.

Jungkook saiu de casa em silêncio, fechando a porta atrás de si. O ar noturno estava fresco, mas ele mal percebeu enquanto descia os degraus com pressa. Seu coração batia acelerado, uma mistura de adrenalina e preocupação alimentando sua urgência. Ele subiu na moto com movimentos rápidos e precisos, ligando o motor que rugiu suavemente na quietude da noite.

Com um pensamento ainda em Jimin e Haerin, Jungkook acelerou, as luzes da cidade passando em borrões ao seu redor enquanto ele seguia em direção à delegacia. Sua mente estava ocupada com as possíveis revelações que as provas mencionadas por Yoongi poderiam trazer. Ele sabia que precisava chegar o mais rápido possível, mas essa pressa começou a nublar seu julgamento.

Em sua ansiedade, Jungkook mal notou o sinal de trânsito à frente, que de repente mudou para vermelho. Quando finalmente percebeu, já era tarde demais. Ele puxou os freios com força, mas a velocidade era alta demais para que a moto parasse a tempo.

O som de pneus cantando contra o asfalto foi seguido por um impacto devastador. Um carro que vinha de lado não conseguiu frear a tempo e colidiu com a moto de Jungkook com força brutal. O choque lançou Jungkook pelo ar, seu corpo voando alguns metros antes de bater no asfalto do outro lado da rua. Ele rolou descontroladamente, sentindo a dor cortar cada centímetro de seu corpo antes que tudo escurecesse.

Jungkook desmaiou, o mundo ao seu redor se apagando em um silêncio assustador, enquanto a moto destruída e o carro amassado eram os únicos testemunhos do acidente brutal.

...

Jimin estava sentado no tapete da sala, cercado por brinquedos espalhados, enquanto brincava com Haerin e a pequena Haesun. Haerin, com toda a energia e entusiasmo de uma criança, estava determinada a ensinar sua irmã mais nova a bater palmas. A bebê, com apenas cinco meses de vida, observava tudo com olhos curiosos, suas pequenas mãos tentando imitar os movimentos da irmã.

— Assim, Haesun! — dizia Haerin, batendo palmas devagar para que a irmã pudesse acompanhar. — Você consegue, vamos lá!

Jimin sorria, encantado com a interação entre as duas. A cena aquecia seu coração, e ele se perdeu naquele momento de pura inocência e alegria. O som das risadinhas de Haerin e os esforços concentrados de Haesun eram tudo o que ele precisava para se sentir completo.

Entretanto, em meio a essa felicidade, Jimin não percebeu o celular vibrando silenciosamente ao seu lado. Quando finalmente notou o toque persistente, ele se apressou em atender, vendo o nome de Rosé, sua irmã, na tela. Uma ligeira preocupação surgiu em seu peito — Rosé raramente ligava tão tarde.

— Oi, Rosé, o que foi? — perguntou Jimin, tentando manter a voz tranquila enquanto pegava Haesun no colo, acalmando-a com suaves afagos.

Do outro lado da linha, Rosé estava visivelmente abalada, e sua voz trêmula fez o coração de Jimin acelerar.

— Jimin... você precisa se ficar calmo. Algo aconteceu com o Jungkook. — As palavras de Rosé soaram como um soco, e Jimin sentiu o chão sumir debaixo de seus pés.

— O quê? O que aconteceu, Rosé? — Jimin perguntou, a voz falhando enquanto uma onda de pânico começava a tomar conta. Ele segurou Haesun mais perto de si, como se isso pudesse afastar o medo que começava a se instalar.

Rosé fez uma pausa, tentando encontrar as palavras certas.

— Jungkook sofreu um acidente de moto... Ele foi atingido por um carro e... Jimin, ele está desacordado. — Rosé disse, a dor evidente em sua voz.

O mundo de Jimin parou. Sua visão ficou turva enquanto tentava processar a informação. As risadas de Haerin, tão alegres há poucos minutos, agora pareciam distantes e irreais. Tudo ao seu redor parecia desmoronar enquanto a notícia do acidente se instalava como um peso esmagador em seu peito.

— Onde ele está? — Jimin perguntou, sua voz tremendo de preocupação. Ele precisava saber, precisava estar ao lado de Jungkook.

— Eles o levaram para o hospital central. Jimin, vá para lá o mais rápido possível... — Rosé implorou, sua voz cheia de preocupação e urgência.

Jimin não precisou ouvir mais nada. Desligou o telefone rapidamente, já se levantando com Haesun nos braços, seu coração disparado de preocupação. O sorriso que antes iluminava seu rosto havia desaparecido, substituído por uma expressão de puro desespero. Ele precisava estar com Jungkook, precisava vê-lo, tocá-lo, saber que ele ficaria bem.

Com as mãos trêmulas, Jimin tentou manter a calma diante das meninas, mas por dentro, seu mundo estava em caos.

Próximo EP vou voltar com tudoooo😘

Love Amidst Chaos Onde histórias criam vida. Descubra agora