Procuro-me em ti

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As minhas emoções deixo escritas, esquecidas e quase que apagadas dentro de um caderno. As linhas infinitas de perfeitas imperfeições. Ele ouve e sente as minhas inseguranças. A cada letra é mais um corte, um corte na vida, um corte na alma. Eu sei que o caderno não é infinito, um dia acabará por acabar e se acabar, nao vai haver outro igual. Procurarei em outros o que um dia deixei nele, as marcas são lembranças e memórias físicas. Ao esquecer, o difícil que se tornou fácil torna-se por sua vez, outra vez difícil. Talvez eu não esteja preocupado em encontrar o caderno, só preocupado na parte de mim que nele havia.

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