𝑩𝒂𝒅 𝒃𝒆𝒂𝒕

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Os feromônios naquele lugar eram uma confusão, misturados com álcool, suor, cheiros de cigarro e perfumes.

A cena com Apollo deixou um gosto azedo na boca de Qin, que não havia passado mesmo após a quinta taça de rum. Em compensação, sua cabeça já estava começando a ficar leve, e ele sentia a sala girar a sua volta, mas não se importava. Na verdade, era exatamente por isso que ele estava aqui, em uma discoteca, movendo-se ao ritmo da música eletrônica. Alvitr estava no centro do furacão de sons, uma visão radiante com seu vestido brilhante que refletia cada flash de luz como um prisma dançante.

Ele estava suando, a camisa colada ao peito, o cabelo grudado na testa. Seu corpo ardia com o prazer causado pela liberação de endorfinas pela dança. Havia pessoas por toda a parte, alguns grupos com roupas elegantes, pessoas bonitas em busca de diversão; nas sombras, casais trocavam beijos, se esfregavam e faziam coisas não muito recomendadas para lugares públicos.

— Olha que delícia! — Alvitr gritou acima da música, apontando para um grupo na pista de LED. Qin reconheceu Shiva imediatamente, cercado por Parvati, Kali e Durga; ele era bonito, tinha um corpo definido, mas o ômega não deu muita atenção para isso.

— Não é nada demais.

— Você está brincando, homem? Olhe para aqueles peitos, aquela boca e... Oh, aqueles quadris, céus! São perfeitos pra segurar quando... — ela se interrompeu, soltando um silvo. Qin tomou um gole de rum, olhando-a com reprovação.

— Pare de babar pelo pau dele. Não está certo. Além disso, Shiva está com alguém. Mais precisamente, com as três namoradas.

A beta lançou a ele um olhar pouco impressionado.

— Não estava falando do Shiva, idiota — ela riu. — Não me diga que você não viu o corpo absurdamente perfeito de Parvati?

Ele engasgou com a bebida.

Alvitr tinha o encontrado pouco tempo depois de sua pequena discussão com Hades, exibindo um grande sorriso por ter ganhado muito dinheiro em uma máquina de pachinko. Como se o jackpot tivesse liberado um passe livre para um frenesi de compras, Qin foi arrastado pelas lojas do cassino. Eles fizeram de tudo, percorreram todos os andares, compraram bolsas elegantes, roupas sofisticadas e maquiagens de grife, visitaram as opções de jogos mais absurdas e até experimentaram um pouco de cada um deles. A sorte não era exatamente sua ali, mas ele estava feliz apenas em desligar a mente de outras coisas, pelo menos por algumas horas.

O ponto alto de sua noite foi no terraço, onde encontrou um momento de tranquilidade ao contemplar o espetáculo de luzes diante da deslumbrante visão panorâmica de Nova York. Mas foi o que ele viu em seguida que fez seu coração disparar: um casal se destacava próximo às janelas, compartilhando um beijo apaixonado. Era Nikola e Beelzebub. Algo totalmente inesperado, especialmente da parte do cientista, que não era propenso a tais demonstrações de carinho. Mas, ali estavam eles, entregues em um abraço apertado, como se o resto do mundo tivesse desaparecido.

Por um momento, Qin pensou estar à beira de um coma alcoólico.

— Está surpreso? Não vou mentir, se Parvati desse mole, eu pegaria sem pensar duas vezes — Alvitr ainda olhava em direção à ômega, que movia-se de forma sensual em torno de Shiva.

Ele sacudiu a cabeça, tentando não rir.

— Eles são exclusivos entre si, então nem sonhe.

— Oh, mas eu sonho. E estou sonhando agora mesmo. A ideia de ter a atenção de mais de uma pessoa ao mesmo tempo...

— Você mal consegue manter um relacionamento monogâmico. Acha que conseguiria lidar com três?

Alvitr abriu a boca para responder, fechando-a novamente quando não encontrou argumentos.

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⏰ Última atualização: Sep 18 ⏰

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