Uma bola de cristal, um colar esquisito e um número de telefone

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  A tempestade acabou. O céu estava apenas nublado.
Acho que eu e aquele garoto somos amigos agora, ele me deu seu número de telefone.
Eu cheguei em casa. Eu moro com minha tia em uma casa não muito grande,mas bonita. Ela é um pouco velha, por isso eu amo. Logo que eu entro na cozinha eu vejo minha tia preparando a comida.
- Oi tia! O que você tá fazendo para o almoço?
- Adivinha! Seu prato favorito, feijoada! - Disse ela sorrindo para mim. - Ah,eu já ia me esquecendo! Tem uma encomenda para você. Tá lá na sala. Eu não pedi nada... Foi você?
- Não... Eu vou lá abrir.
- Tudo bem, na hora do almoço e te aviso.
- Tudo bem, já volto!
Eu fui até a sala e vi uma caixa não tão grande no sofá.
"O que será que é isso?"
Peguei a caixa em minhas mãos e levei-a até o meu quarto. Eu a abri e retirei os plásticos, me deparando com uma bola de cristal, transparente e normal. Apenas isso.
Eu  a peguei em meus braços e olhei fixamente para ela. Será que ela não faz nada?
Pensamento nem um pouco importante:
"Eu até agora não descobri o nome daquele garoto da escola..."
De repente,a bola começou a tremer,e eu a olhei confusa. Foi quando ela escapou de meus braços e começou a voar pelo meu quarto,batendo nas paredes e nós armários. Eu me apavorei e fui para um canto, desejam que aquilo acabasse logo.
Foi quando ela caiu.
Bem em cima da minha cama.
Bem no meio dela.
Eu criei coragem para me aproximar, e de repente ela soltou uma luz,que virou algo parecido com um holograma. Eu observei isso por um tempo, até que uma mulher. Apareceu no tal holograma.  Ela era alta e tinha pele negra. Usava um vestido vermelho longo.Ela olhou fixamente em meus olhos,e depois me olhou de coração a baixo lentamente. Finalmente então ela disse alguma coisa.
- Olá, Bela.
- Q-quem é você?- disse me afastando.
- Isso não importa muito agora... Só saiba que eu sou uma velha amiga de sua mãe,e ela foi quem me mandou aqui.
- Como assim? Minha mãe morreu já faz tempo...
- Ela me enviou aqui antes de morrer,para te entregar um presente... - então do nada apareceu uma bolsa do lado dela,que ela pegou em mãos e vasculhou por alguns segundos até encontrar um colar. Era um cordão preto com uma pedra roxa no meio.
- E então... - eu disse, encarando aquilo que ela tinha em suas mãos.
- Tome, é o colar que te dará sorte em sua longa viagem...
- Como assim? Que viagem? Ei! Espere...
O holograma já havia desaparecido e me deixado sozinha,apenas com aquela bola de cristal.
Eu olhei para o colar por alguns segundos,e então decido colocar ele. Logo então eu olhei para a janela, pois ouvi o barulho de um trovão. A tempestade tinha voltado.
- Bela, feche as janelas daí de cima, rápido! - Gritou minha tia lá em baixo.
- Tudo bem!
Fechei as janelas e voltei para o meu quarto. Eu fiquei encantada com aquele colar, ele era muito bonito. Logo então me lembrei,eu tinha que salvar o número daquele garoto em meu celular.
Quando eu estava salvando,eu sem querer apertei o botão de ligar,e então ficou chamando por ele.
Um pensamento rápido:
"Ai meu Deus e agora?"
Eu estava apavorada, quando eu eu de repente ouvi uma voz do outro lado da linha.
- Alô, quem fala? - Ele pergunta com uma voz doce.
- E-eu... - tentei falar alguma coisa, mas não consegui.
- Ei, alô? Isso é um trote?
- N-não... É a-aquela menina esquisita d-da escola...
- Ah, é você... Acredita que eu ainda não sei seu nome? Qual é seu nome?
- Isabela... E o seu é...?
- Jonas. Ah, posso te chamar de Bela? Acho que combina mais com você...
- Tudo bem... Na verdade,eu liguei sem querer pra você,me desculpa...
- Não,tudo bem... - ouvi uma voz no fundo do outro lado da linha, chamando seu nome - Já vou mãe! Ah, eu vou ter que desligar,eu vou sair com minha mãe...
- Tudo bem, tchau, tchau!
- Tchau,Bela!
Senti meu coração parar de bater. Ele me
chamou de Bela. De Bela.
E então um trovão faz um barulho forte lá fora.
- Hora do almoço,Bela!
Bela.

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