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O sol de Paris começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa enquanto a cidade lentamente transicionava do dia para a noite. Manuela e Nicolas, ainda empolgados com a vitória do Brasil, deixavam o pub com a energia pulsando em suas veias.

“Eu ainda não acredito que consegui autógrafos de Gabi e Carolana!” Nicolas exclamou enquanto caminhavam pelas ruas movimentadas. “E elas foram tão simpáticas! Manu, você deveria ter ido comigo.”

Manuela sorriu, mas não pôde evitar pensar no que acontecera dentro do pub. A imagem de Rosamaria, encostada na parede com um copo na mão, distraída, ainda estava gravada em sua mente.

“Eu sei, mas… não queria parecer uma fã louca,” respondeu Manuela, tentando disfarçar seus pensamentos. “Mas estou feliz que você conseguiu, Nick.”

“Foi incrível!” Nicolas continuou, ainda eufórico. “Mas não vamos deixar de aproveitar essa cidade. Temos Paris inteira para explorar!”

No dia seguinte, Paris despertava como se a cidade estivesse em perfeita sincronia com o entusiasmo dos Jogos Olímpicos. Manuela e Nicolas, depois de uma noite de sono, estavam prontos para explorar um pouco da Cidade Luz. Vestidos de forma casual, mas confortáveis, com mochilas leves nas costas e câmeras a postos, os dois partiram para o primeiro dia de turismo em solo parisiense.

A primeira parada foi a icônica Torre Eiffel. À medida que se aproximavam, o monumento parecia crescer, imponente, sobre eles. Manuela parou por um momento, admirando a estrutura metálica que parecia capturar a essência da própria Paris — forte, elegante, e repleta de história.

“É mais incrível do que eu imaginava,” disse Manuela, quase sem fôlego, enquanto olhava para a torre.
“Isso é simplesmente surreal! Vamos subir logo, quero ver Paris lá de cima.”

Enquanto subiam até o segundo andar, a vista panorâmica da cidade se revelava diante deles, arrancando suspiros e sorrisos de admiração. O vento suave que soprava lá em cima fazia os cabelos de Manuela dançarem, e ela não pôde deixar de se sentir pequena diante da imensidão de Paris, uma cidade tão cheia de histórias, de vida, de possibilidades.

“Essa cidade é surreal,” comentou Nicolas, tirando várias fotos do horizonte. “É como se cada canto aqui fosse digno de um cartão-postal.”

Manuela concordou, seu olhar fixo no rio Sena, que serpenteava preguiçosamente pela cidade. “É tudo tão... bonito,” ela murmurou, sentindo-se, de alguma forma, conectada ao lugar. “Acho que nunca vou me cansar de olhar para isso.”

Depois de descerem da torre, os dois decidiram caminhar pelas margens do Sena. Com o sol refletindo nas águas tranquilas do rio, eles seguiram a pé até a Catedral de Notre-Dame, cuja arquitetura gótica majestosa era ainda mais impressionante pessoalmente. As gárgulas, os vitrais coloridos, e a sensação de estar em um lugar tão histórico deixou Manuela fascinada. Nicolas fazia questão de fotografar cada detalhe, desde as rosáceas até os pequenos detalhes esculpidos nas portas de madeira.

“Eu sempre quis ver isso de perto,” murmurou Manuela, tocando levemente uma das colunas esculpidas. Sentia-se pequena diante da grandiosidade do lugar.

Eles caminharam lentamente pelo interior da catedral, respeitando o silêncio e a serenidade do lugar. Manuela se deixou envolver pela atmosfera tranquila, os sons suaves dos passos dos turistas e das orações sussurradas ao redor criando um contraste com a agitação das ruas lá fora. Ao se aproximar do altar principal, ficou fascinada pelos detalhes minuciosos das esculturas e pela sensação de paz que aquele lugar emanava.

Depois fizeram uma pausa para um café em uma charmosa cafeteria local. Sentados nas cadeiras ao ar livre, observaram o movimento dos parisienses, as conversas animadas ao redor e o aroma inebriante de croissants frescos sendo servidos. Nicolas, que não resistia a um bom doce, insistiu em experimentar os famosos macarons de Paris.

Entre as linhas do OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora