Pacto Inefável (Good Omens)

Senhor dos Pactos

E seus corações? Batimentos cardíacos em dia? Antecipadamente, coloquem seus coletes.
Chegou a hora do Príncipe conhecer a Serpente do Éden.
E perdão pela demora, recebi a visita de uma amiga muito importante para mim e estávamos gravando cosplay sobre a minha outra fanfic. Um dia pretendo gravar conteúdos de cosplays de Pacto Inefável também ❤️

Hoje é meu aniversário, mas quem ganha presente são vcs ✨

Boa leitura!

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Senhor dos Pactos

A luz lunar que entrava pelo teto de vidro refletia sob Eric, o demônio invocado por Crowley, detido no círculo sagrado no centro da livraria. Assim como demônios não podem entrar sem serem convidados, o círculo manteria Eric confinado até Crowley decidir ir com ele. Para o reino de Lúcifer.

— Com licença... Eric? — conferiu Muriel. Eric assentiu; sua pele negra cintilando em contraste das velas ao chão. — Eu poderia ter um tempo para... me despedir do Sr. Crowley?

Eric virou-se para o demônio ruivo de óculos retrô escuros; ele ainda estava na mesma posição, as mãos dentro dos bolsos, os ombros desleixados como sempre.

— Não demorem muito — permitiu Eric, se voltando para Muriel. — O Príncipe é exigente com a pontualidade.

Crowley estalou a língua, revirando os olhos; não pela justificativa, mas pela pronúncia Príncipe. Um demônio desconhecido por Crowley, mas que já o irritava só por sua existência.

— Obrigada — Muriel sorriu para Eric, depois, gesticulou com o queixo uma estante de livros às costas de Crowley.

A dupla seguiu para o local escolhido, do outro lado da estante, ocultos da visão de Eric.

— Não quero que vá despreparado — sussurrou Muriel, guiando as mãos para lhe revelar um cordão de ouro ao redor do pescoço, camuflado dentro de sua fantasia. — Este amuleto vai lhe servir para uma escapatória, caso algo dê errado lá embaixo — Muriel entregou o cordão; o amuleto era pequeno, do tamanho de uma moeda, e tinha o formato de uma auréola de anjo. Crowley encarou o cordão em sua mão, reflexivo. — É um amuleto de viajem dimensional, você pode se teletransportar...

— Para qualquer lugar do universo — completou Crowley, surpreendendo Muriel com o seu conhecimento. — Eu também tinha um quando estava lá em cima... eram brincos. Aziraphale tinha um anel — O nó em sua garganta o estrangulou. Por que eu sempre tenho que menciona-lo em alguma conversa?! — De qualquer forma, ele pode me ser útil para uma fuga rápida.

— Use em caso de emergência, o menos possível se puder. Os amuletos celestiais são supervisionados pela Vigilância Angelical, e podem desconfiar se decifrarem o meu amuleto nas terras infernais. E quero que leve isto também — Muriel esticou sua mão, e um bracelete de ouro, encrustado por três safiras celestiais, surgira simplesmente. — Acho que... você deve saber para o que isto serve, não? — Era uma pergunta perigosa, e Muriel se esforçou para ser gentil e cautelosa.

Os braceletes celestiais eram relíquias do Céu usados para julgamentos; amuletos que dissipam qualquer poder angelical e demoníaco. Uma vez, um pouco depois da criação da Terra, Crowley usara — obrigatoriamente — aquele bracelete. Foi no dia de seu julgamento; da sua Queda...

— É, eu sei para o que serve — afirmou Crowley, a voz rouca.

— Demônios são traiçoeiros — disse Muriel, nervosamente. — Não que o senhor seja... Quer dizer, você pode ser, mas... Não é como os outros — Disparou, encolhendo os ombros em receio. — Não sei como é o Inferno, mas ouvi as histórias, e... soube que uma vez eles tentaram expurga-lo com água benta. Por favor, leve o bracelete para se defender.