Capítulo 02

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       *Desconhecido(a)*

— O plano está indo conforme o combinado! — disse o homem de vestes escuras.

— Sim, está ocorrendo da forma que eu imaginei — O(A) desconhecido(a) falava com uma taça cheia de bebida em suas mãos, enquanto seus olhos transpareciam puro ódio. — Ele está todo caidinho por ele(a); não demora muito para esse casamento aconteça.

- Senhor(a), e se por acaso o plano falhar? - ele perguntou, e novamente o(a) desconhecido(a) com a taça olhou com um sorriso macabro.”

-Se algo não sair como o esperado, teremos um plano B. - O desconhecido(a) colocou sua bebida sobre a mesa ao lado. - A garota está se comportando bem, já pedi para um dos meus homens a observar e ele informou que, quando ela atua, se torna quase irreconhecível; não parece em nada com a víbora que realmente é. Isso me deixa contente, pois o amor cega, e é exatamente isso que está acontecendo com ele.

- O senhor(a) fala como se já tivesse amado alguém ao ponto de lhe cegar - o homem o(a) questionou, curioso.

-Embora possa não ser do seu interesse, respondo à sua pergunta, meu caro: sim, já amei alguém de forma tão intensa que isso me fez perder a clareza. Contudo, consegui superar essa situação. Essa pessoa me feriu sem considerar meus sentimentos, mas ela já enfrentou as consequências de suas ações.- O desconhecido(a) falava com remorso. - Mas eu ainda não estou satisfeito. Mesmo que ela não esteja mais aqui, ainda conseguiu deixar uma parte de si na Terra. E quem a arrancou de mim ainda está vivo, então eu farei ele sentir a mesma coisa. Espero que a alma dela se atormente, de qualquer lugar que ela esteja  observando quem ela mais ama viver um inferno.

Ele consegue perceber a intensidade do ódio nas palavras cruéis que foram proferidas, mas opta por permanecer em silêncio, reprimindo suas emoções para evitar fazer perguntas que poderiam irritar ainda mais a situação e colocar sua vida em risco.

       *Desconhecido off*
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          Jeon Jungkook

Desci as escadas e dirigi-me à sala de jantar, onde encontrei meu pai à mesa, que estava repleta e bem arrumada. Sentei-me ao seu lado e o cumprimentei cordialmente.

-Boa noite, pai!

-Boa noite ,filho!

Após o falecimento da minha mãe, ele quase caiu em depressão devido à perda. No entanto, ele mencionou que a motivação para seguir em frente foi saber que ainda me tinha ao seu lado. Compreendo plenamente sua perspectiva; quando um lobo ou uma loba perde seu parceiro, muitos sucumbem à dor ou se entregam à loucura, pois a dor é insuportável e o vazio que se estabelece faz com que a vida perca o sentido. Muitas vezes, a força para esses lobos continuarem vivos provém de seus filhotes, mas, na ausência desse suporte, o desfecho costuma ser trágico.

-como anda as coisas da matilha ? - o meu pai perguntou me tirando dos meus pensamentos .

-Está tudo bem, pai. Tudo está em ordem e todos estão bem. Fui verificar a situação na fronteira e não houve nada fora do comum- O respondi enquanto apreciava a minha refeição.

- E como estão as investigações? - ele perguntou, com receio, mas ao mesmo tempo uma esperança transparecia em sua voz. Depois que a perdemos, ele sofreu bastante, mas não desistiu de tentar descobrir quem havia feito isso. Assim, iniciou suas próprias investigações, mas, infelizmente, os resultados não foram promissores; até agora, apenas a pista da cicatriz que eu havia notado em seu braço que tinhamos.Embora eu ainda fosse uma criança, conseguia compreender tudo o que acontecia ao meu redor e tentava lembrar o máximo possível, buscando por algo que me ajudasse. No entanto, meu esforço muitas vezes parecia em vão, o que me deixava com a sensação de inutilidade. Mas meu pai sempre esteve ao meu lado para me confortar. Ele se mostrava firme na minha presença, mas todas as noites eu ouvia seu choro discreto,mas com minha audição  de alfa lúpus,eu conseguia ouvir tudo nitidamente.

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