Capitulo 03

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JEON JUNGKOOK

Minha cabeça estava prestes a explodir.

Naquela sala de reuniões, diversas vozes se entrelaçavam simultaneamente. ocupava a ponta da mesa, com os cotovelos apoiados sobre ela, tentando aliviar a tensão ao massagear as têmporas, na tentativa de manter a paciência. Ao meu lado, Hoseok permanecia em pé, demonstrando descontentamento em relação à atmosfera tóxica que permeava com a presença deles. Cercando-nos, estavam os conselheiros, cada um em seu lugar, contribuindo para a crescente pressão da situação. Meu braço direito, percebendo que a minha paciência não duraria por muito tempo, colocou as mãos sobre os seus ouvidos já sabendo o que estava por vir.

-Silêncio! - declarei com a minha voz firme, demonstrando minha autoridade. Rapidamente, meus feromônios se espalharam pelo ambiente, trazendo um odor amargo que refletia meu completo descontentamento. Essa abordagem teve um efeito bastante eficaz:todos se calaram de imediato, Alguns cobriram os ouvidos, manifestando sinais de desconforto, enquanto outros baixaram a cabeça.

-Se forem discutir algo, peço que falem um de cada vez. É difícil compreender o que vocês estão dizendo quando todos falam simultaneamente!

- S-senhor - balbuciou um dos conselheiros, sua voz trêmula evidenciando o impacto que minha presença teve sobre ele. - Recebemos uma proposta de casamento para nossa tribo.

- E o que os leva a crer que eu aceitarei essa proposta? - indaguei, e, em resposta, um conselheiro Beta levantou-se rapidamente.

- Porque o senhor precisa se casar com urgência; é essencial contar com um ômega ideal ao seu lado para que possa gerar futuros herdeiros. Sem um parceiro adequado, o senhor não conseguirá alcançar esse objetivo.

- E quem disse que eu não tenho? eu já tenho alguém em mente pela qual estou interessado.-todos se mostraram surpresos com minha declaração, exceto Hoseok que já estava ciente de quem eu estava falando.

- Não nos referimos a relacionamentos passageiros, senhor, nem os jovens da taberna. Seus filhos não podem ser considerados herdeiros legítimos se forem fruto de um relacionamento superficial; nesse caso, seriam considerados bastardos.

- E quem foi que afirmou que essa pessoa é da taberna ou algo semelhante? - indaguei, levantando uma sobrancelha em sinal de incredulidade.

- Ora, o senhor desaparece todas as tardes e retorna todo animado e sorridente. De onde o senhor estaria vindo, afinal? - provocou um conselheiro mais jovem, com um tom de zombaria. Essa atitude me irritou profundamente, e, em um impulso, golpeei a mesa de forma tão forte que quase a quebrei, fazendo com que o conselheiro se assustasse.

- Eu não quero ouvir essas insinuações novamente. Não dei autorização para que falem esse tipo de bobagem. Vocês são conselheiros da matilha, mas isso não lhes confere liberdade para se expressar de qualquer maneira! - disse, olhando severamente para cada um, enquanto endireitava minha postura e me esforçava para controlar a raiva.

- Então, líder, quem seria essa Ômega que conseguiu conquistar seu coração? - notei que um dos conselheiros tentou mudar de assunto.

- Jin-Ah. - Todos pareceram confusos, exceto Hoseok, que manteve uma postura neutra, pois já sabia de quem eu falava.

-Nunca ouvi falar dessa moça... De que família ela pertence? - perguntou o Sr. Dramon.

-Ela é órfã. - Todos pareciam chocados.

-Ela é dessa matilha? - indagou outro conselheiro, Sr. Lin.

-Sim, ela foi criada aqui, mas disse que seus pais morreram na guerra que ocorreu aqui há muitos anos, a mesma guerra em que minha mãe foi morta. - Todos pareciam pensativos.

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