capítulo 6

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( Pov: S/n )

Eu fui jogar o lixo fora e senti um peso a mais, o saco estava com algumas coisas além de pacotes de encomenda. Coloquei minha mão lá dentro para poder descobrir o que era mas não senti nada de diferente. Algo deve ter marcado o saco, fazendo o eco pesar.

[ ••• ]

Até que os dias foram se passando bem. Não vou mentir que senti falta de dormir abraçada em Yoongi ou de dar um beijo de surpresa, mas o remorso sempre invadia a cabeça. Meu trabalho continuou e a rotina também. Acordar, escovar os dentes junto de Yoongi, me trocar e ir mais cedo para a confeitaria. Depois assumir o balcão e ficar até o meu horário acabar. Sair da confeitaria já no final da tarde e chegar em casa anoitecendo. Yoongi me disse que é cargo demais para ficar carregando sozinha, mas eu preciso manter tudo em ordem. Yoongi tem feito alguns bicos fora do "trabalho foco". Ele entregou algumas pizzas de bicicleta, limpou alguns carros, fez alguns projetos, mas nada do tipo fixo.

Hoje é quinta, um dia antes do tal encontro para bebermos. Criei uma grade de horários para poder ter mais foco no que iria acontecer. No caso, eu iria para a casa da minha mãe sexta (amanhã), da casa da minha mãe eu iria direto para a casa dos meus avós e só voltaria no domingo a noite. Yoongi terá um final de semana em paz e eu um final de semana de alegria. Arrumei minha mochila com algumas mudas de roupa e deixei ela separada. Não avisei nem para Yoongi nem para minha família sobre esse final de semana, acho que se eu não falar é menos chance de dar ruim.

Agora são 13:00 pelo que Yoongi me disse. Meu celular está em 0% e todos os relógios que tínhamos estão quebrados. Yoongi se ofereceu para me levar até a casa da minha mãe de carro, mas como é relativamente perto eu recusei.

— S/n, ao menos posso acompanhá-la? — assenti e terminei de me arrumar. Eu estava com um vestido não tão curto, com a saia bem estruturada e pequena, e os detalhes amarelos o deixou melhor em meu corpo. Adicionei um tênis cano baixo no pé, dando destaque a minha tornozeleira prata. O toque final foi só o cordão que minha avó me deu.

— vamos, Yoongi? — ele assentiu. Coloquei minha mochila e fui em direção a porta.

— para que uma mochila? — Yoongi perguntou bobo, mas eu logo tratei de respondê-lo.

— nada demais, Yoongi. — respondi encerrando esse assunto, mas abrindo porta para outros.

— parece que vai fugir e nem dar sinal de vida! — ele disse iniciando uma gargalhada. — só espero que esse não seja seu plano, pois eu te acho por onde você for. — afirmou o mesmo em tom sarcástico.

— cruzes, Yoongi! — repreendi ele vendo a rua da minha mãe se aparecer um pouco a frente de nossas rotas. — ela que te convidou? — perguntei sem medo da resposta, que no caso, seria um sim.

— quando eu atendi o telefone, lembra? Ela nem sabe que não estamos juntos, então acho que ela não viu problema. — ele disse amargurando um pouco a voz.

— não diga a eles que não estamos juntos. Como você sabe, eles são muito homofóbicos. — disse passando a mão em meu rosto.

— não liga, S/n. Eu vou agir como se nada estivesse acontecendo. — e finalmente estamos na porta da bendita casa. Yoongi segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos antes de bater na porta, me deixando insegura. — eu não me importo, já você, aparentemente, se importa bastante. — ele soltou minha mão e apertou a campainha, já que as batidas foram em vão.

Fomos bem recebidos, pelos familiares do meu pai e pela minha mãe e meu irmão. Todos perguntavam como estávamos indo, ou quando iríamos nós casar, o que me deixou desconfortável. Yoongi não deu nenhuma índice que estávamos afastados ou até terminados. Ele sempre respondia primeiro, me fazendo confirmar. Confesso que eu, que não sou de beber... Bebi para uma porra a cada palavra que ele dirigia a mim. Minha vontade era de ir para o meu terceiro destino logo, sem enrolar muito.

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⏰ Última atualização: Oct 26 ⏰

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