CAPÍTULO 51

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Clarke narrando:

Agora eu entendia quando Lexa disse que sentia como se estivesse morrendo um pouco por dia sem saber se eu estava viva e se no próximo eu já não iria estar ali, mas nossa única diferença é que ela tinha um corpo pra olhar e saber que pelo menos estava ali. Então como manter a chama de esperança viva se já faz uma semana que eu escuto meu filho chorar durante a noite todos os dias dessa semana? como explicar para uma menina de quatro anos que pede o tempo inteiro da mãe e que está com saudades? Se eu não tinha nem um miserável corpo como resposta.
Já faz uma semana que as buscas começaram e não encontram nada, apenas encontraram um pequeno explosivo na parte de trás do avião, ou seja sabotagem, pelo menos foi isso que Monty e sua equipe me disseram. As reportagens passa ao vivo durante vinte quatro horas por dia. Eu não consigo acompanhar por que todas as vezes choro enquanto assisto. Me sinto exausta o tempo todo, mas faço uma força descomunal pra sair do quarto todos os dias, faço pelos meus filhos e por Lexa, por que sei que mesmo diante de tudo isso ela jamais desistiria de mim e eu jamais vou desistir dela, mesmo que isso me consuma por dentro.
Raven e Octávia estão aqui em casa desde que tudo começou, sou tão grata por ter elas na minha vida, principalmente Raven que está aqui segurando a barra comigo e com Oc que também está devastada, meus sogros e minha mãe nos ligam todos os dias, eles queriam ficar aqui dando apoio também, mas nós decidimos que não seria necessário e que chamaríamos caso precisarmos de algo. Nesse momento são quase meia noite e não consigo dormir, Ravi está em seu berço em um sono profundo e Madi está dormindo comigo também em sono profundo no travesseiro de Lexa. Fecho meus olhos mais uma vez e então escuto um barulho vindo do andar de baixo o que me deixa em alerta. Me levanto suavemente para não acordar Madi e saio do quarto usando a lanterna do meu celular, quando estou no topo da escada desligo o celular por causa da claridade que vem da tv que está ligada, e ver aquela cena me quebrou por dentro, Aden está sentado com as pernas abertas escorado com as costas no sofá e no meio das suas pernas está o capacete de corrida de Lexa e ele está vendo as reportagens ao vivo da procura. Escorre uma lágrima do meu olho e limpo rapidamente, desço as escadas lentamente para não assusta-lo, quando chego ao seu lado para me sentar ele desliga rapidamente a tv.

Aden: Mãe! (Fala e limpa algumas lágrimas dos olhos)

Clarke: Por que desligou? (Falo me sentando ao seu lado)

Aden: Não quero que você veja, você fica triste.

Clarke: Não tem problema meu amor. Você está sentindo falta dela não tá?

Aden: Muito! (Fala e olha para o capacete dela e outras lágrimas escorrem dos seus olhos)

Clarke: Vem aqui vem.

Falo abrindo minhas pernas e ele se levanta e se senta entre elas, sem o capacete, então eu me estico e o pego, coloco entre suas pernas de novo e ele coloca as mãos em cima eu pego o controle e ligo novamente as imagens da reportagem, deixo o controle ao lado e coloco minhas mãos por cima das suas, assim ao mesmo tempo o abraçando e ele relaxa soltando seu peso em mim. As vezes me esqueço que ele já passou por tanta coisa e sei que ele está evitando demonstrar fragilidade perto de mim, por medo de me fazer chorar e quer parecer forte.

Clarke: Você não precisa ser forte o tempo todo filho, eu estou aqui pra você sempre que precisar de uma amiga ou apenas colo de mãe, você não precisa esconder que está frágil pra mim, quando quiser conversar sobre ela, ou apenas ir dormir comigo e chorar faça, eu sou sua mãe.

Então ele se agarra mais em mim.

Aden: Eu te amo mãe.

Ele diz isso e se vira pra tv de novo.

Clarke: Eu te amo filho.

Assistimos um pouco mais da reportagem, mas então ele pegou o controle da tv e colocou em um aplicativo que tinha vários vídeos.

Clexa (G!P) - A VIRGEMOnde histórias criam vida. Descubra agora