Estou exausta,
Dependendo desses remédios para sobreviver,
Estou bem, por fora,
Mas ninguém conhece a dor que carrego.
Me entorpecendo dia e noite para afastar a dor,
Tratamentos que parecem inúteis,
A dor sempre retorna, e meu corpo continua a se deteriorar.Dores sem fim,
E os efeitos colaterais cada vez mais presentes,
Mal consigo me manter acordada.
Tenho uma vida para seguir,
Mas mal consigo sair da cama.Às vezes, me pergunto quanto tempo mais poderei suportar,
Com cada pílula engolida, sinto minha alma se afastar,
Como se estivesse perdendo pedaços de mim mesma
Na luta para simplesmente existir.Meus sonhos, antes tão vibrantes, agora parecem distantes,
Sufocados pela névoa do cansaço,
E o peso de uma existência que se arrasta.
Olho para o futuro com olhos vazios,
Tentando encontrar esperança nas sombras que me cercam.Talvez eu tenha herdado os defeitos da família,
Esses genes que carregam a dor,
Mas ao mesmo tempo, sinto que estou me tornando a parte boa dela.
Na luta, na resistência, há uma força que cresce,
Uma determinação de ser mais do que as cicatrizes que me marcam.