Escravidão

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Ouro e prata, brilhos que seduzem, 
reluzem na escuridão dos tempos, 
carregam promessas de riqueza e poder, 
mas nas suas sombras se esconde 
o eco de correntes e grilhões, 
o choro amargo dos que foram 
forçados a ceder seus corpos 
pela ganância de outros. 

O ouro, símbolo de conquista, 
manchado pelo suor e sangue 
de mãos que jamais sentiram 
o peso de seu valor. 
Cada moeda, cada pedra preciosa, 
cava na terra cicatrizes 
que nunca se curam, 
que gritam a verdade de uma história 
escrita com a dor dos que não podiam escolher. 

A prata, reflexo da lua nas noites frias, 
também carrega em seu brilho 
o peso de vidas oprimidas, 
de almas que foram vendidas, 
trocadas como mercadoria, 
num mercado onde a humanidade 
era reduzida a um preço, 
onde a dignidade não tinha valor. 

O ouro e a prata, 
belezas que cativam o olhar, 
mas que, ao serem tocadas, 
revelam as feridas de um passado 
que não pode ser esquecido. 
Escravidão, cicatriz na face do tempo, 
lembrança amarga de uma luta 
que ainda ecoa nos corações 
dos que buscam a verdadeira liberdade, 
a riqueza que não se compra, 
que não se vende. 

Labirintos Do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora