Casos Ao Acaso🌷

18.loge um do outro-Mary e Tebs

Dez anos depois...

Estevão olhava para aquele enorme quadro na sala, onde estava a foto de Maria recordava com nostalgia o dia que seus filhos deram a mãe aquela linda fotografia, ele pensava em tudo o que se passou nesses dez anos que estavam casados depois de tudo o que aconteceu, ele amava Maria mais de uns tempos para cá a sentia distante os dois já não concordavam com nada e quando a buscava para estarem juntos ela sempre se negava e ele já não sabia o que fazer, sentia que dessa vez seu casamento havia acabado e se entristecida por isso, ele olhou para a sua mala na sala suspirou pesado foi até o seu escritório pegou a encharpe dela que sempre guardou como uma lembrança do dia que se viram novamente depois de vinte anos, voltou para a sala pegou sua mala e olhou para o quadro sobre a lareira e voltou até lá o tirou da parede e se virou para sair amava aquela mulher e se iria sair daquela casa levaria consigo a foto dela para olhar todos os dias e contemplar a mulher mais linda que seus olhos já poderão ver, deixaria ela na casa para viver sua vida já que pelo visto para ela já não importava se ele estava ali ou não.

Carmen: vai embora mesmo?- ela torcia as mãos com nervorsimo, os anos que se passaram foram lindos mais esses últimos tempos ela viu os dois se perdendo, a rotina tomou de conta do amor e tudo foi ficando complicado, mais havia amor e tudo podia ser resolvido com conversa.

Estevão: sim tia- ele a olhou- não tem porque continuar aqui, está mais que claro que ela já não me quer mais por perto, porque seguir insistindo se já não tem mais jeito- falou com pesar.

Carmen: meu filho... Vocês tem uma filha pequena tem seus netos... Pensem bem meu amor... Me diz uma coisa... Deixou de amar ela? Agora que passaram por tantas coisas vão deixar o amor acabar?

Estevão: do que adianta amar tia se ela parece não se importar com a minha presença... ela mal fala comigo, dormimos na mesma cama como se fossemos dois estranhos, não há comunicação entre nós, não tem porque insistir mais nisso.

Carmen: então vá, não faça nenhuma loucura... Deixe ela sentir sua falta... Vai dá certo...- falou esperançosa- eu vou ficar aqui com ela para lembrar o amor de vocês.

Estevão: está bem tia- ele foi até ela e lhe beijou o rosto- vou lhe mandar uma mensagem dizendo o hotel onde ficarei hospedado- falou e saiu levando consigo a sua mala o quadro com a foto dela e o encharpe.

Momentos depois Maria entrava na casa, ela viu Carmen sentada na sala e que olhava pra o seu quadro ou para o lugar vazio, ela estranhou a ausência daquele objeto.

Maria: onde está meu quadro?

Carmem: Estevão o tirou- ela olhou para Maria- ele foi embora Mariazinha, o Estevãozinho deixou a casa e levou seu quadro com ele.

Maria: como?- ela sentou de uma vez chorando, ele disse que iria embora se ela não mudasse mais ela não achou que era certo, que ele não teria coragem e ela já tinha procurado um médico, estava entrando na menopausa e seus hormônios estavam uma bagunça, sabia que estava ausente que não era mais a mesma de antes mais queria voltar a ser, sabia que ele estava certo, e que estava ignorando ele, que sempre inventava desculpas, que dizia não, mais é que não tinha mais libido, estava seca, não sentia mais tanto prazer e a médica disse que era normal na sua idade e que iria passar uma reposição hormonal, que logo ela estaria nova em folha, era questão de dias.

Carmem: sim Maria ele se foi, saiu daqui tão triste porque acha que você não o ama mais, ele pensa que já não te faz feliz e preferiu ir embora do que ficar aqui te impondo a presença dele.

Maria passou as mãos pelo rosto tentando enxugar as lágrimas, ela olhou para o vazio na sala para ignorar o que sentia no coração.

Maria: por que ele levou o quadro?- antes que Carmen respondesse ela correu para o escritório, e abriu a gaveta da mesa dele, sabia que ele guardava sua encharpe ali naquela gaveta, sempre viu ele com ela sentindo o seu perfume e ela sempre borrifava mais para que ele sempre sentisse, isso ele não sabia, e o tecido não estava lá, ela sorriu um pouco, nem tudo estava perdido.