Love or win ? - Rosamaria

Capítulo 7

Perdoem a demora, a faculdade está me dando depressão ✋😔.

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O restaurante tinha uma atmosfera acolhedora, com luzes suaves e uma decoração rústica que exalava tranquilidade. Quando Rosa e Kamila chegaram, Rosa sugeriu que subissem para o andar de cima, onde poderiam ter mais privacidade. Havia apenas um casal em um dos cantos do salão, o que deixou o ambiente ainda mais calmo e ideal para uma conversa mais pessoal.

As duas se acomodaram em uma mesa perto da janela, onde a vista noturna da cidade proporcionava uma iluminação suave e discreta. Rosa sentou-se em frente a Kamila, que rapidamente pegou o cardápio e começou a examiná-lo com uma atenção que parecia ser mais um pretexto para evitar contato visual.

Depois de decidirem o que pedir, e após o garçom anotar os pedidos, o silêncio entre as duas se tornou palpável. Rosa, tentando quebrar o gelo, cruzou os braços sobre a mesa e encarou Kamila. Ela estava decidida a iniciar uma conversa que pudesse ir além das interações formais e rápidas que haviam tido até então.

"Então, Kamila" Rosa começou, sua voz suave e interessada, "eu queria saber mais sobre você... fora das pistas de patinação."

Kamila, que até então mantinha os olhos fixos no vidro da janela ao lado, virou a cabeça levemente para olhar para Rosa, mas ainda com uma expressão contida. Ela não disse nada de imediato, apenas esperando que Rosa continuasse.

"Vi uma foto sua no Instagram com uma senhora" Rosa prosseguiu, tentando parecer descontraída. "Ela parece ser um doce. É sua avó?"

Kamila deixou escapar um sorriso fraco, mas genuíno. "Sim, ela é minha avó."

"Ela parece incrível," Rosa comentou, sorrindo de volta. "Deve ser ótimo ter alguém assim na sua vida."

Kamila assentiu, mas não disse mais nada, voltando a desviar os olhos para a janela. Havia algo no olhar dela, uma certa melancolia que Rosa não tinha visto antes. Sentindo que estava se aproximando de um terreno sensível, mas sem intenção de recuar, Rosa decidiu perguntar algo que talvez não devesse.

"E seus pais?" Rosa perguntou, tentando manter o tom casual, mas imediatamente sentindo o ar mudar. O sorriso de Kamila desapareceu, e seu rosto assumiu uma expressão sombria.

Kamila suspirou profundamente, como se estivesse considerando se deveria responder ou não. Finalmente, sem olhar para Rosa, ela disse: "Meus pais morreram quando eu tinha oito anos. Desde então, minha avó me criou."

O silêncio que se seguiu foi denso e cheio de significado. Rosa sentiu uma pontada de arrependimento por ter tocado em um assunto tão delicado, e se xingou mentalmente por sua falta de sensibilidade. Sem pensar muito, Rosa estendeu a mão sobre a mesa e cobriu a mão de Kamila com a sua, num gesto espontâneo de consolo e solidariedade.

"Me desculpa, Kamila" Rosa disse, sua voz cheia de sinceridade. "Eu não sabia... Eu não queria te deixar desconfortável."

Kamila olhou para as mãos delas, sua expressão indecifrável. A princípio, Rosa temeu ter ultrapassado uma linha, mas, surpreendentemente, Kamila não recuou. Ela simplesmente observou a mão de Rosa sobre a sua, como se estivesse tentando entender o significado daquele gesto. Depois de um momento que pareceu mais longo do que realmente era, Kamila finalmente olhou para Rosa.

"Está tudo bem" Kamila respondeu suavemente. "Você não tinha como saber."

A mão de Rosa ainda estava sobre a de Kamila, e as duas ficaram em silêncio por mais alguns segundos. Para Rosa, aquilo era um sinal de que, talvez, Kamila estivesse mais aberta a esse tipo de conexão do que aparentava. Era como se aquele toque tivesse quebrado uma pequena parte da barreira que Kamila erguera ao redor de si mesma.