Na Luz da Noite | yun + gi

Luz da lua

A noite havia caído, e a cidade estava envolta em um manto de tranquilidade.

O frio da noite fazia com que o ar fosse refrescante, e a luz da lua criava uma atmosfera quase mágica ao redor.

Yunho e Mingi haviam decidido passar a noite ao ar livre, buscando um pouco de serenidade.

O lago, que parecia um espelho cintilante sob a luz da lua, era o lugar perfeito para refletir e encontrar conforto.

Mingi, com um cobertor quente envolto em torno dos ombros, estava sentado à beira do lago. Yunho se juntou a ele, acomodando-se ao seu lado e oferecendo-lhe um termo com chá quente.

— Quando eu era criança, passava horas aqui, sonhando e imaginando o futuro. A luz da lua me fazia sentir que tudo era possível. — disse Mingi, olhando para a superfície do lago.

Yunho observou o brilho nos olhos de Mingi e sorriu suavemente.

— Esses momentos pode nos ajudar a encontrar um pouco de paz e clareza. — Mingi assentiu, um sorriso melancólico no rosto.

— Eu costumava vir aqui sozinho, mas agora é diferente. A presença de você torna tudo mais suportável.

Yunho pegou a mão de Mingi, segurando-a com carinho.

— Estar aqui com você é importante para mim também. Quero aproveitar cada momento e criar memórias que possamos guardar para sempre.

Enquanto conversavam, o céu começava a mudar de cor, com estrelas surgindo em maior número à medida que a lua se movia.

Yunho sugeriu que eles compartilhassem histórias e memórias antigas, e Mingi começou a falar sobre suas lembranças da infância, os sonhos que tinha e as esperanças que nutria.

— Havia um livro que eu amava quando era jovem — começou Mingi, sua voz suave e cheia de nostalgia. — Era sobre um lugar mágico onde as estrelas caíam do céu e se transformavam em coisas maravilhosas.

Yunho ouviu com atenção, absorvendo cada detalhe.

— Deve ter sido um livro maravilhoso. As histórias e os sonhos de nossa infância moldam nossa maneira de ver o mundo.

A conversa continuou, e Yunho e Mingi compartilharam mais memórias, mais sonhos e mais esperanças.

A noite avançava, e a temperatura começava a cair, mas a presença um do outro oferecia um calor reconfortante.

Quando o silêncio se fez presente, ambos ficaram em paz, observando o lago e a lua. Mingi, sentindo a tranquilidade do momento, fechou os olhos e respirou profundamente.

— Sinto que, mesmo com tudo o que estou passando, ter esses momentos de reflexão é uma maneira de encontrar significado.

Yunho se aproximou e envolveu Mingi em um abraço suave.

O tempo parecia desacelerar, e, apesar da dor e da incerteza, havia uma sensação de paz profunda.

Quando finalmente decidiram voltar para casa, o brilho da lua parecia ter deixado uma marca indelével em seus corações. A noite havia proporcionado um refúgio e uma renovação, e o futuro, embora incerto, parecia um pouco mais suave.

Eles se levantaram, segurando-se pelas mãos, e caminharam de volta para os apartamentos, prontos para enfrentar o que viesse, fortalecidos pela conexão e pelas memórias criadas na luz da lua.

A caminhada de volta ao apartamento foi tranquila, com o som dos passos amortecido pelo chão coberto de folhas secas.

A cidade, embora iluminada, parecia distante e silenciosa, como se respeitasse a tranquilidade que Yunho e Mingi compartilhavam.

Mingi, ainda um pouco absorto nos pensamentos, olhou para Yunho com um sorriso.

— Você sabia que, quando criança, eu tinha um lugar especial onde escondia meus segredos? Era um pequeno baú de madeira no fundo do meu jardim. Eu o chamava de meu “tesouro secreto”.

— O que você guardava lá?

— Apenas pequenas coisas — respondeu Mingi, pensativo. — Notas escritas, brinquedos quebrados, e algumas pedras que eu achava interessantes.

— Nossas memórias se tornam nossos maiores tesouros. — Yunho sorriu.

Mingi concordou, e o silêncio que se seguiu foi preenchido por uma sensação de paz.

— Sabe, YuYu... — disse Mingi, após uma pausa contemplativa. — Nunca pensei que encontraria alguém que me compreendesse tão bem. Você trouxe uma nova luz para minha vida, mesmo quando as coisas parecem difíceis.