A hora do acerto de contas chegou!
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Uma hora depois, gradualmente começei a recobrar os sentidos. Os meus olhos estão abertos, porém minha visão permanece embaçada, a única coisa que vejo são vultos pretos se movendo com rapidez a minha frente. Sinto uma pontada na parte de trás da cabeça, o meu instinto foi levar a mão no local da dor, mas fui impedido de prosseguir com o ato, meus pulsos estão presos a cadeira a qual certamente estou sentado. Meus tornozelos também estão presos e ambos estão dormentes e doloridos. Tento a todo custo me libertar, mas meus esforços são inúteis.
Após ter se passado mais alguns minutos a minha visão finalmente se normaliza. Agora já podendo enxergar normalmente encaro com espanto a estranha sentada na minha cama de frente para mim.
— Olá Alce! Não que eu me importe com isso, mas como você se sente? Sinceramente espero que esteja se sentido muito mal! — Disse a estranha com um risinho cínico e sarcástico.
— Quem é você piranha? O que quer de mim? — Brado em tom áspero e agressivo.
— Quer mesmo saber o que eu quero? — Perguntou com a feição séria.
— Para o seu bem acho melhor me soltar imediatamente!
— E para o seu bem acho melhor você calar a maldita boca!
— Eu exijo que me liberte agora mesmo! — Digo e me debato na cadeira.
Ela ri ruidosamente e em seguida diz:
— Não me faça rir Alessandro. Não sei se percebeu, mas você não está em posição alguma de exigir nada!
— Sua... Espera, como sabe o meu nome? Não lembro de tê-lo dito para você? — Pergunto confuso com o cenho franzido.
— E isto importa? Evidentemente não, mas lhe direi assim mesmo. Sei absolutamente tudo sobre você! Tudo mesmo! — Ela enfatiza o ponto.
Com os olhos estreitos observo com estranheza a grande bolsa verde nos pés da cama. Franzindo o cenho falo:
— Está bolsa aí é exatamente igual a...
Ela me interrompe dizendo:
— Sim, a própria! A mesma que estava com o cara negro, grande e forte no elevador junto com você!
— Aliás, o que achou dele, ele tem uma aparência bem amistosa não tem? — Ela sorri largamente ao terminar de falar.
— Claro, agora tudo faz sentido, vocês dois são um casal de assassinos tipo Bonnie e Clyde!
— Só para esclarecer, não somos um casal, Boyce é minha família!
— Outra coisa, não nos compare com aqueles dois energúmenos, eles assassinaram pessoas inocentes, já eu e Boyce contribuímos com o mundo positivamente, eliminando somente a escória de modo definitivo da sociedade! — Brava ela dá uma bofetada na minha face.
